Escritas silenciadas: o racismo editorial/sistêmico brasileiro na seleção de autoria africana e suas implicações no ensino e na pesquisa no Brasil.
Literaturas africanas, língua portuguesa, autoria negra africana, Lei 10.639/03, Livros didáticos, racismo estrutural.
Este estudo abrange as literaturas africanas de língua portuguesa no âmbito do contexto brasileiro, com um enfoque crucial na identificação e análise das lacunas subjacentes nas pesquisas acadêmicas. Por meio de uma investigação minuciosa, este estudo destaca a prevalência de autores já consagrados nas discussões acadêmicas, e, consequentemente, a subvalorização das vozes menos reconhecidas, notavelmente as das autoras negras africanas. A pesquisa é meticulosamente organizada em cinco capítulos, abordando de maneira abrangente e interconectada diversos aspectos das literaturas africanas, tais como a sua presença nas instituições universitárias, o impacto da promulgação da Lei 10.639/03 na formação docente, a perspectiva das literaturas africanas como desconstrução de estereótipos arraigados e, por fim, a relevância da inclusão de autores africanos nos manuais escolares brasileiros. Através desta abordagem multifacetada, o estudo salienta a importância de ampliar e diversificar o espaço para vozes negligenciadas, promovendo assim a riqueza da diversidade cultural e desafiando preconceitos profundamente enraizados. Ao oferecer uma análise interdisciplinar e amplamente contextualizada, este estudo contribui significativamente para uma compreensão mais profunda e holística das literaturas africanas de língua portuguesa no cenário brasileiro contemporâneo.