TESSITURAS AFRORREFERENCIADAS E ANTIRRACISTAS: CONSTRUINDO CONCEPÇÕES PRETAGÓGICAS EM
PROCESSOS FORMATIVOS DE PROFESSORES DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE MARACANAÚ
Didática Afrorreferenciada. Formação Docente. Pretagogia. Racismo Antinegro.
O presente trabalho de pesquisa busca tecer reflexões acerca de um processo formativo para
Professores/as da Rede Municipal de Maracanaú em efetivo exercício de sala em turmas do
Ensino Fundamental - Anos Finais, intencionando a implementação da Lei no 10.639/03 que
versa sobre a Educação das Relações Etnico-raciais e o Ensino de História e Cultura Afro-
brasileira e Africana no contexto escolar, utilizando-se como referencial teórico-metodológico
a Pretagogia. Ocorre que, apesar da Lei no 10.639/03 ter sido promulgada há 18 anos, percebe-
se, uma carência ainda latente de sua implementação de maneira efetiva nos processos
educativos, principalmente pela ausência de formações docentes específicas sobre a temática,
impossibilitando a construção de novos olhares acerca da história e da cultura afro-brasileira e
africana nos processos de ensino e aprendizagem. Neste contexto, esta pesquisa tem como
questão suleadora: Em que medida a pretagogia e seus princípios teórico-metodológicos podem
ou não contribuir na construção de saberes pedagógicos a partir de uma formação remota para a
construção de uma educação das relações étnico-raciais, contribuindo para a construção de
estratégias pedagógicas com vistas à consolidação de práticas de ensino da história e cultura
afro-brasileira e africana e de uma educação para as relações étnico-raciais, numa perspectiva
afrorreferenciada e de combate ao racismo antinegro, produzindo a partir dessas experiências
formativas um Blog Educacional Pretagógico? O embasamento teórico que irá sulear esta
pesquisa tem como bases: Meijer (2019); Petit (2009); Petit; Silva (2011) e Freire (2006, 2009),
dentre outros. Metodologicamente, utilizaremos como referencial a Pretagogia, que tem como
base a cosmovisão africana, nos possibilitando refletir sobre a influência que nossas raízes
africanas ancestrais têm em nossas práticas cotidianas, e que a partir de uma lógica de
invisibilização da cultura afro-brasileira e africana, passamos a reproduzir uma história única,
sob o ponto de vista do colonizador. Como a referida pesquisa ainda se encontra em processo
de realização e efetivação, a partir da realização dos encontros formativos, ainda estamos
trabalhando na produção de dados e informações que servirão de base para a complementação
desta pesquisa.