Notícias

Banca de DEFESA: KELLI SCHMIGUEL

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KELLI SCHMIGUEL
DATA: 28/03/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

“NÓS” E “A GENTE”: SALIÊNCIA, PERCEPÇÃO E SIGNIFICADOS SOCIAIS NO ESTADO DO CEARÁ


PALAVRAS-CHAVES:

Nós e a gente. Percepção linguística. Teste de reação subjetiva. Avaliação linguística. Variação linguística. Sociolinguística.


PÁGINAS: 232
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Sociolingüística e Dialetologia
RESUMO:

Esta dissertação tem por objetivo investigar os fatores envolvidos na avaliação social dos falantes, por meio de testes de reação subjetiva (LAMBERT et al., 1960; CAMPBELL-KIBLER, 2006; OUSHIRO, 2015), dos usos variáveis de nós e a gente no português do Ceará com o propósito de traçar um perfil sociodemográfico e de personalidade de quatro personas que representam os membros da comunidade de prática escolar e de identificar as percepções e os significados sociais atribuídos ao uso das variantes nós [-mos], a gente [-0], nós [-0] e a gente [-mos]. A Fundamentação Teórica baseia-se na Teoria da Variação e da Mudança Linguística (LABOV,  [1972] 2008; WEINREICH, LABOV, HERZOG [1968] 2006), nas contribuições de Eckert (2004, 2005, 2012), nos estudos sociolinguísticos pelo viés da percepção (LAMBERT et al., 1960; CAMPBELL-KIBLER, 2006; ECKERT; LABOV, 2017; OUSHIRO, 2015; FREITAG, 2016), além das pesquisas acerca do fenômeno em estudo (LOPES 1998; NARO; GÖRSKI; FERNANDES, 1999; VIANNA, 2006; RUBIO, 2012a; 2012b; ARAÚJO, 2016; SCHERRE; YACOVENCO; NARO, 2018; CARVALHO; FREITAS; FAVACHO, 2020). A metodologia baseia-se nos testes de reação subjetiva com emprego da técnica conhecida por matched guise, desenvolvida por Lambert et al. (1960) e reproduzida por Campbell-Kibler (2006) e Oushiro (2015). Os informantes selecionados para a pesquisa foram 40 professores e 80 alunos do Ensino Médio da rede pública de educação do Ceará, distribuídos nas 8 macrorregiões administrativas Estado. Os dados foram analisados por método quantitativo e qualitativo, utilizando-se o programa estatístico SPSS para o cálculo de distribuição de frequências. Além de permitir traçar um perfil sociodemográfico e de personalidade de quatro personas que representam os membros da comunidade de prática escolar, os resultados indicam que, na percepção dos informantes, (i) o emprego das formas nós [-mos] e a gente [-0] pode estar relacionado à escolarização, à faixa etária e ao contexto de formalidade/informalidade;  a variante a gente [-0] é pouco saliente na comunidade de prática e pode ser considerada do tipo marcador (LABOV (1972 [2008]), sendo  os alunos menos sensíveis ao uso dessa variante; (iii) as formas nós [-0] e a gente [-mos], que recebem o maior quantitativo de atribuições para as personas que representam alunos, especialmente os alunos homens, podem ser consideradas do tipo estereótipo (LABOV, [1972] 2008); (iv) a variante a gente [-mos] aparenta ser um fator de diferenciação dos professores dentro da comunidade de prática e sua associação ao verbo em primeira pessoa do plural indica traços de hipercorreção entre os alunos. Além disso, em consonância com os dados de produção, os resultados desta pesquisa mostram que os informantes tendem fazer maior número de menções às frases construídas com nós [-mos], quando essas contêm as variáveis linguísticas que favorecem essa variante, e às frases construídas com a gente [-0], quando essas contêm as variáveis que a favorece, confirmando a tendência apontada por Naro, Görski, Fernandes (1999).


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1059371 - FABIO FERNANDES TORRES
Externo à Instituição - LIVIA OUSHIRO - UNICAMP
Externo à Instituição - CÁSSIO FLORÊNCIO RUBIO - UFSCAR
Notícia cadastrada em: 24/03/2022 18:20
SIGAA | Diretoria de Tecnologia da Informação - - | Copyright © 2006-2024 - UNILAB - adminrh1.adminrh1