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Banca de DEFESA: ANATALIA CARVALHO ALBUQUERQUE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANATALIA CARVALHO ALBUQUERQUE
DATA: 27/10/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Sala do MEL/Google Meet (modo híbrido)
TÍTULO:

HETEROGENEIDADES EM TUÍTES DEFLAGRADOS PELAS HASHTAGS #CONTRAOMACHISMO, #EXPOSEDFORTALEZA E #ESTUPROCULPOSO


PALAVRAS-CHAVES:

tuítes - hashtags - heterogeneidades - discurso feminista - patriarcado


PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO:

O presente trabalho tem como objeto de análise as heterogeneidades enunciativas que constituem o discurso manifesto em tuítes deflagrados pelas hashtags #contraomachismo, #exposedfortaleza e #estuproculposo, a partir da ideia do “primado do interdiscurso” em Maingueneau (2008) e na Análise do Discurso de extração francesa (Maingueneau, 1997, 2008, 2015; Authier-Revuz, 2004). Maingueneau (1997) denomina de interdiscursividade o entrelaçamento de discursos outros, constitutivo das práticas linguageiras do cotidiano. Desse modo, o objetivo norteador de nosso trabalho é analisar as heterogeneidades no discurso feminista considerando os tuítes assinalados com as hashtags citadas. São também objetivos específicos: caracterizar tuítes assinalados por essas hashtags; caracterizar os elementos dos discursos feministas nas postagens do Twitter produzidas a partir das hashtags #contraomachismo, #exposedfortaleza e #estuproculposo; e, analisar a relação interdiscursiva entre os discursos machista e feminista em enunciados deflagrados no X (Twitter) a partir dessas hashtags. É uma pesquisa de caráter documental, qualitativa, com uso da metodologia da pesquisa descritiva para caracterização do discurso feminista e sua relação interdiscursiva com o discurso machista. Analisamos vinte tuítes marcados com uma das hashtags supracitadas, com maior número de curtidas, retuítes e comentários. Com base no que Maingueneau propõe como semântica global dos enunciados, propomo-nos a analisar o discurso feminista. com base em alguns semas considerados como tradução do discurso do outro, a partir do fenômeno da interincompreensão, quando duas formações discursivas são postas em relação de confronto em determinado espaço discursivo. Segundo Maingueneau (2008), a interdiscursividade manifesta-se no discurso como simulacro do Outro e através de uma semântica global em que um discurso traduz o seu Outro. Para isso, seguindo o modelo definido por Maingueneau (2008) para a semântica de uma dada formação discursiva, descrevemos semas reforçados como “positivos” pelo discurso feminista e outros rejeitados como “negativos”. Não é nosso objetivo definir esses pares de semas como a gênese do discurso feminista, tendo em vista os limites da presente pesquisa. Partimos da hipótese de que o discurso feminista é produzido numa relação tensa de contraponto com a ideologia do patriarcado, podendo ser atravessado por tal ideologia, como tentativa de manutenção do status quo pelo discurso machista e de resistência/transformação pelo discurso feminista. A partir da descrição dos temas recorrentes nos tuítes analisados, fazemos um detalhamento das heterogeneidades enunciativas para, a partir daí, percebermos como a interdiscursividade se presentifica nos semas ora reforçados, ora rejeitados pelo discurso feminista. Assim, concluímos que as heterogeneidades – seja ela constitutiva e/ou mostrada – são parte substancial dos tuítes, comprovando que os discursos são atravessados pelo contradiscursonas suas falhas constitutivas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1249292 - MARIA LEIDIANE TAVARES FREITAS
Interno - 1536815 - OTAVIA MARQUES DE FARIAS
Externo à Instituição - SANDRA MAIA FARIAS VASCONCELOS - UFC
Notícia cadastrada em: 10/10/2023 13:14
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