Paráfrase: uma análise textual-discursiva em redações de estudantes pré-universitários de Beberibe-CE
Paráfrase; reformulação; autoria; redações.
Resumo: O trabalho analisa a paráfrase, como recurso de produção textual, nas redações do Concurso de Redação Enem: chego junto, chego a 1000! produzidas por alunos pré-universitários das escolas estaduais de Beberibe/CE, no ano de 2021, a partir dos planos locutivo, referencial, pragmático e simbólico de Fuchs (1982). O nosso estudo parte das definições de paráfrase para Fuchs (1982, 1985), Orlandi (1999), Ilari e Geraldi (1987), Sant’ Anna (2003), Koch e Elias (2016), dos conceitos de memória para Pêcheux (1975) e da Cartilha do Participante do Enem (2020) disponibilizada pelo certame. A partir disso o objetivo geral em analisar a paráfrase, como recurso de produção textual, pretende identificar como o uso das paráfrases podem contribuir para a construção de sentidos no texto, para a formação da defesa de posicionamentos e para a construção da autoria, tendo em vista as competências II e III do Enem. Para isso, o corpus é composto por 40 textos das escolas estaduais de Beberibe/CE que participaram do Concurso de Redação Enem: chego junto, chego a 1000! em 2021. Tendo em vista as cinco temáticas disponibilizadas pelo concurso, o participante deveria escrever um texto dissertativo-argumentativo sobre a proposta solicitada, que apresentasse tese e argumentos persistentes, diante disso o que se percebeu foi a utilização de ideias contidas nos textos motivadores escolhidos pelo certame, principalmente, por meio de paráfrases linguísticas. Constata-se, então, que, quando o participante usou a paráfrase e criou um discurso a partir da reformulação de já-dito a avaliação foi positiva, pois contribuiu para a autoria textual e, sobretudo, para a defesa de posicionamentos; já os que utilizaram paráfrases no plano locutivo ou referencial a partir dos textos motivadores, a avaliação foi comprometida, como notas abaixo do esperado.