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Banca de QUALIFICAÇÃO: ISADORA FAÇANHA GURGEL FREIRE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ISADORA FAÇANHA GURGEL FREIRE
DATA: 21/05/2021
HORA: 10:00
LOCAL: Ambiente de videoconferência - Google Meets
TÍTULO:

“Partilha do sofrimento e a lógica de extermínio: o ‘caso Luana Barbosa’”


PALAVRAS-CHAVES:

 Lesbocídio; Lesbofobia; Ritualística de morte; Luto; Conflito


PÁGINAS: 36
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

De 2014 a 2017, 126 lésbicas foram brutalmente assassinadas em território brasileiro, segundo o “Dossiê Sobre Lesbocídio no Brasil – as histórias que ninguém conta” (2017), primeiro registro oficialmente produzido no país, pela iniciativa do Núcleo de Inclusão Social (UFRJ), a ser direcionado à emergência da criação de políticas criminalizadoras da violência contra a mulher lésbica. A violação determinante para a elevação das estatísticas, cunhada pelo documento em evidência como “lesbocídio”, tem em comum com o feminicídio a motivação de matar pelos efeitos da misoginia, porém, possui características diferenciadas devido ao entrecruzamento com o ódio ao comportamento sexual e social, em específico, dessas mulheres, a lesbofobia. Tomando como objeto uma das ocorrências entre as 126 comentadas pelo documento, o trabalho a seguir pretende compreender os elementos discursivos constituintes das versões que abrangem o “caso Luana”, como ficou conhecido o episódio de morte de Luana Barbosa dos Reis Santos, em 2016, no estado de São Paulo, durante uma abordagem da Polícia Militar. Para isso, vale-se do acompanhamento das atividades de grupos organizados em torno do evento, principalmente do engajamento ativista pela causa dos direitos humanos a partir da sensação contínua de luto e do pânico de eventuais repetições do caso. Partindo das histórias e descrições narradas pelas ativistas e familiares, e dos embates movidos pelas rotinas burocráticas e artefatos judiciários por parte da defesa dos policiais, são múltiplas as “apreensões de realidade” que circulam em todos os capítulos deste trabalho. São as falas de protestos contra o processo lento de um “Estado” ora aliado, ora negligente, de um lado e as visões discordantes sobre a presença, atividades e abordagem dos Direitos Humanos na Justiça, de outro. Cabe a esta pesquisa o levantamento e a análise das múltiplas relações laterais aos trânsitos jurídicos que dão coerência e consistência às versões construídas no decorrer dos anos após a morte de Luana Barbosa e, dessa maneira, das diferentes perspectivas instituídas sobre a mesma história de morte.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 038.376.844-66 - MARTINHO TOTA FILHO ROCHA DE ARAÚJO - UFC
Externo à Instituição - Paula Mendes Lacerda - UERJ
Interno - 1985241 - VERA REGINA RODRIGUES DA SILVA
Notícia cadastrada em: 03/05/2021 09:41
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