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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA APARECIDA ESTANISLAU

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA APARECIDA ESTANISLAU
DATA: 28/06/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

Violências Interseccionais: escutar, testemunhar e o que fazer? Etnografia junto à Casa da Mulher Brasileira-Ceará


PALAVRAS-CHAVES:

Violências; Feminismo Negro; Interseccionalidade; Oficinas de Arte


PÁGINAS: 68
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

Esta pesquisa constitui-se em um estudo antropológico junto à Casa da Mulher Brasileira-CE (CMB-CE), instituição que reúne em um só espaço serviços especializados e integrados às mulheres vitimadas por diversos tipos de violências. No contexto brasileiro, existe uma prevalência de violências contra as mulheres negras (FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA, 2017, 2021, 2023; FÓRUM/AMB, 2020; AGÊNCIA PATRÍCIA GALVÃO, 2022). Considerando essa realidade, é que na presente pesquisa interessa saber como essa questão racial se apresenta, é percebida e referenciada nos atendimentos na CMB-CE pelas profissionais e mulheres assistidas. A violência contra as mulheres negras tem raízes históricas na escravização de pessoas no período colonial (DOMINGOS, 2019), na criação e reprodução de estereótipos (GONZALEZ, 2020), na violência racial (CARNEIRO, 2001, 2002), em um processo continuado e interseccional de opressão pela condição de gênero, classe, sexo, idade, capacidade, dentre outros indicadores de vulnerabilidade. A produção teórica do feminismo negro e da interseccionalidade (CRENSHAW, 2002; COLLINS, 2019, 2021, 2022; DAVIS, 2016; GONZALEZ, 2020) se apresenta como ferramenta analítica e práxis crítica, com a possibilidade de que o seu uso na produção de conhecimento, contribua para conjugar outros enunciados criativos para problemas que existem e persistem. Tais questões, como a violência contra as mulheres negras seguem enredadas a partir de múltiplas determinações e atuações nas relações de poder e opressão, apesar das resistências, firmeza e potência das mulheres negras (GONZALEZ, 2020; FRANCO, 2017; HOOKS, 2017; MENDES, 2021). Ademais, lidamos com os desafios metodológicos no campo das violências contra as mulheres negras, em um âmbito institucional, levando-se em consideração as situações relacionadas ao acesso institucional (TEIXEIRA, 2020), ao compromisso ético-político proposto de testemunhar, escutar relatos e experiências de violências (VEENA DAS, 2011), e ao mesmo tempo não se produzir situações de revitimização (SEVERI, 2022). A etnografia contempla observação, entrevistas semiestruturadas, conversas/escutas junto às interlocutoras, em diversos setores da CMB-CE, bem como oficinas de arte e expressão (SILVEIRA, 2015). As oficinas se constituem em atividade criativa e acolhedora que podem favorecer o compartilhamento de experiências, a produção de imagens, escuta qualificada, fortalecimento pessoal e cuidado.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - Luciana De Oliveira Dias - UFG
Presidente - 1985241 - VERA REGINA RODRIGUES DA SILVA
Interno - 1817786 - VIOLETA MARIA DE SIQUEIRA HOLANDA
Notícia cadastrada em: 13/06/2023 13:25
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