Notícias

Banca de DEFESA: DAIANY MARIA CASTRO NOGUEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DAIANY MARIA CASTRO NOGUEIRA
DATA: 27/01/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de Orientação 2, Bloco A, Campus das Auroras
TÍTULO:

CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICA DE UMA POPULAÇÃO INDÍGENA SOBRE IMUNIZAÇÃO INFANTIL


PALAVRAS-CHAVES:

Conhecimentos; Atitudes; Prática; População Indígena; Imunização; Enfermagem.


PÁGINAS: 76
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

A imunização está entre as principais estratégias de prevenção da morbimortalidade infantil. É um processo ativo e que depende, principalmente, da iniciativa do cuidador da criança, que para ser considerada imunizada, deve estar em conformidade com o esquema vacinal preconizado pelo programa nacional de imunizações. Todos os anos, muitas crianças deixam de ser vacinadas pelos mais diferentes fatores, que abrangem desde o nível cultural e econômico dos pais, até causas relacionadas a crenças, superstições, mitos, credos religiosos e baixo nível de conhecimento quanto às atualizações do Ministério da Saúde. No cenário brasileiro, para o sistema único de saúde, os indivíduos devem ser avaliados de forma integral, atendendo o princípio da equidade e da universalidade do acesso. Desta forma, o atendimento à população indígena possui especificidades, em especial para o público pediátrico que demanda atenção diferenciada em razão da maior vulnerabilidade. O objetivo deste estudo foi avaliar conhecimentos, atitudes e práticas de uma população indígena sobre imunização infantil. Tratou-se de um estudo exploratório, transversal e com abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada em uma unidade de atenção primária à saúde indígena em Caucaia-CE. A população do estudo foi constituída por pais/responsáveis de crianças indígenas de zero a cinco anos de idade pertencentes à aldeia Jandaiguaba, etnia Tapeba, acompanhados na referida unidade. A amostra foi representada por pai, mãe ou responsável legal de cada uma das 121 crianças de zero a cinco anos de idade pertencentes à referida unidade de atenção primária. Foram considerados como critérios de inclusão: ser indígena, ser cadastrado junto ao DSEI-CE, ser pai, mãe ou responsável legal de crianças de zero a cinco anos adscrita na atenção primária de saúde indígena e ter disponibilidade de comparecer no referido local em dia e horário pré-estabelecido. Foram excluídos aqueles que possuiam limitação cognitiva, visual ou auditiva que impedissem o fornecimento das respostas necessárias para preenchimento do inquérito de conhecimentos, atitudes e práticas. Os dados foram coletados por meio da aplicação de um instrumento CAP, com 30 questionamentos sobre imunização infantil, para avaliar aspectos relacionados ao Conhecimento, Atitude e Prática em saúde desta população. Os dados obtidos foram tabulados no programa Excel e analisados no programa estatístico SPSS, e armazenados em banco de dados. A análise estatística descritiva das variáveis categóricas foram dispostas em frequências absolutas e relativas e, para as variáveis contínuas, foi utilizada média e desvio-padrão e o Qui-Quadrado de Pearson para variáveis categóricas, com intervalo de Confiança de 95% e significância com p<0,05. A pesquisa respeitou os princípios éticos em todas as fases do estudo em consonância com o que preconiza a Resolução nº466/12; foi submetida à apreciação de Comitê de Ética em Pesquisa, obtendo a aprovação para a realização de pesquisa sob parecer de n° 56448022.2.0000.5576. Notou-se que 35,5% dos participantes não eram alfabetizados, 30% nunca estudaram, 57% não trabalhavam fora de casa, a idade média dos cuidadores foi aproximadamente 26 anos. Observou-se grande concentração de indivíduos no estrato social que recebe 1 salários mínimo. Quanto ao conhecimento  20,7% da população apresentou conhecimento adequado, 44,6% regular, 34,7% inadequado. Não houve atitudes classificadas como adequadas, em 12,4% dos casos a mesma foi considerada regular e em 87,6% como inadequadas. Já as práticas adequadas representaram 17,4%, as regulares foram 43% e as inadequadas corresponderam a 39.7% das ocorrências. Não houve associação estatisticamente significante entre idade do responsável e atitudes. Contudo a correlação entre idade e conhecimento, assim como idade e prática apresentou significância estatítica. Conclui-se que o conhecimento precário sobre o processo imunizatório interfere diretamente na adesão às medidas profiláticas, bem como nas práticas adotadas antes e após a administração das vacinas. Como limitação do estudo observou-se uma escassez de produção científica referente a esta temática e suas vertentes, este achado pode sugerir descaso com a saúde indígena.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1452417 - EMILIA SOARES CHAVES ROUBERTE
Interno - 2058691 - FLAVIA PAULA MAGALHÃES MONTEIRO
Externo ao Programa - 2325303 - STELLA MAIA BARBOSA
Notícia cadastrada em: 17/01/2023 12:48
SIGAA | Diretoria de Tecnologia da Informação - - | Copyright © 2006-2024 - UNILAB - sigaa2.sigaa2