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Banca de DEFESA: LIDIA ROCHA DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LIDIA ROCHA DE OLIVEIRA
DATA: 22/12/2022
HORA: 10:00
LOCAL: Sala 211- Bloco C, 2º andar- Campus das Auroras
TÍTULO:

VALIDAÇÃO CLÍNICA DOS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM RELACIONADOS AO CONTROLE GLICÊMICO EM PESSOAS COM DIABETES MELLITUS TIPO 2


PALAVRAS-CHAVES:

Diagnóstico de Enfermagem; Controle Glicêmico; Diabetes Mellitus Tipo 2.


PÁGINAS: 82
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

A validação clínica consiste no processo de constatação se os modelos teóricos e de conteúdo previamente validados representam os diagnósticos de enfermagem na prática clínica e nos pacientes supostamente expostos a ele. Considerando o tratamento complexo do paciente com diabetes mellitus tipo 2, torna-se relevante investigar os diagnósticos de enfermagem presentes, seus fatores de risco e validá-los nesse público. Dessa forma, o objeto deste estudo foi validar clinicamente os diagnósticos de enfermagem relacionados ao controle glicêmico em adultos e idosos com diabetes mellitus tipo 2. Para isso, realizou-se um estudo do tipo caso-controle, no qual foi feita a análise dos fatores de risco dos diagnósticos de enfermagem Risco de Glicemia instável e Padrão glicêmico desequilibrado e sua relação com a variável de desfecho glicemia instável. Participaram desta pesquisa 107 pacientes com diabetes mellitus tipo 2, sendo 60 do grupo caso e 47 do grupo controle. O perfil sociodemográfico evidenciou que a maioria era do sexo feminino (56,8% do grupo caso e 43,2% do grupo controle), tinha uma idade mediana de 59-64 anos, pardos (56,3% casos e 43,7% controles), aposentados (46,3% casos e 53,7% controles), casados (64,9% casos e 35,1% controles), com ensino fundamental incompleto (66,0% casos e 34,0% controles) e renda de 1 Salário Mínimo (56,9% casos e 43,1% controles). Quanto às variáveis clínicas e dados antropométricos, destaca-se que a hipertensão esteve presente na maior parte dos participantes (52,7% casos e 47,3% controles), o tempo mediano de diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 foi de 1-5 anos para pessoas com glicemia instável. Medidas antropométricas de peso e altura foram semelhantes entre os grupos, sendo que o Índice de Massa Corpórea apresentou mediana de 28,6 para o grupo caso e 27,6 para o controle. Os fatores de risco dos diagnósticos de enfermagem relacionados ao controle glicêmico mais prevalentes foram: estresse (47,3% casos e 52,7% controles), atividade física inadequada (57,8% casos e 42,2% controles), baixa adesão ao regime terapêutico (75,9% casos e 24,1% controles), sobrepeso (51,4% caso e 48,6% controle), obesidade (55,6% casos e 44,4% controles), parar tratamento (87,5% casos e 12,5% controles) e conhecimento de sintomas para hipoglicemia (61,5% casos e 38,5% controles). Com relação à associação estatística entre as variáveis sociodemográficas e clínicas: atestou-se que a menor idade esteve associada com o desfecho (p=0,008); a cor da pele “outros”, esteve associada com 3,7 vezes mais chances de glicemia instável (Intervalo de Confiança [IC] 95%: 1,06 – 12,97; p=0,040) em relação a cor branca. Por outro lado, possuir o ensino médio completo mostrou redução de 82% das chances do desfecho (IC95%: 0,03 – 0,98; p=0,048) em relação a ser analfabeto. Observou-se que, em relação a pessoas com menos de um ano de diagnóstico, aquelas com diagnóstico de 1 a 5 anos apresentaram 4,19 vezes mais chances de ter o desfecho (IC 95%: 1,13 – 17,26; p=0,014) e aquelas com tempo entre 6 a 10 anos apresentaram 5,85 vezes mais chances (IC 95%: 1,32 – 27,67; p=0,001). Os fatores de risco “baixa adesão ao regime terapêutico” e “parar o tratamento estiveram associados com a ocorrência do desfecho glicemia instável, sendo que a presença da “baixa adesão ao regime terapêutico” aumentou em 3,31 vezes as chances de glicemia instável (IC 95%: 1,18 – 10,16; p=0,016) e a variável “parar o tratamento” aumentou em 6,85 vezes as chances de glicemia instável (IC 95%: 1,42 – 64,52; p=0,006). Conclui-se que os diagnósticos de enfermagem relacionados ao controle glicêmico (Risco de glicemia instável e Padrão glicêmico desequilibrado) foram validados clinicamente em pacientes com diabetes mellitus tipo 2, atestando importante relação entre as variáveis sociodemográficas, clínicas e os fatores de risco dos diagnósticos e a ocorrência do desfecho da glicemia instável.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2053154 - TAHISSA FROTA CAVALCANTE
Interno - 1944312 - RAFAELLA PESSOA MOREIRA
Externo à Instituição - RAFAEL OLIVEIRA PITTA LOPES - UFRJ
Notícia cadastrada em: 20/12/2022 13:41
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