Banca de DEFESA: FRANCISCA ASLANA NARGILA SOUSA PEREIRA LOPES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCA ASLANA NARGILA SOUSA PEREIRA LOPES
DATA: 25/08/2021
HORA: 13:00
LOCAL: Sala Virtual - Meets
TÍTULO:

EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA ENFERMAGEM: implicações do contexto de pandemia.

PALAVRAS-CHAVES:

Pandemias. COVID-19. Enfermeiras e Enfermeiros. Condições de Trabalho. Riscos Ocupacionais.

PÁGINAS: 81
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

Objetivo: analisar o exercício profissional do enfermeiro (a) no contexto de pandemia pelo COVID-19 no estado do Ceará. Método: Pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem quantitativa. Os participantes da pesquisa foram enfermeiros assistenciais atuantes no período da pandemia no Estado do Ceará, a amostragem foi do tipo não probabilística (snowball). O recrutamento foi feito a partir das Redes Sociais Digitais (Facebook®, Instagram®, WhatsApp®, E-mail). O instrumento de coleta de dados consistiu em um questionário estruturado que foi disponibilizado online através da plataforma Google Forms®. A tabulação dos dados foi feita de forma automática pela mesma plataforma. A análise dos dados quantitativos foi realizada com o programa estatístico Epi Info™ mediante análise estatística descritiva e inferencial. Resultados: Participaram do estudo 405 enfermeiros (as), os serviços de saúde em que eles atuaram estão distribuídos em 58 municípios do Ceará. Aqueles que trabalham diretamente com casos suspeitos/confirmados de COVID-19 tiveram sua jornada de trabalho aumentada (89 – 86,4%) (p 0,000). 50,9% (206) não receberam nenhuma capacitação a respeito do manejo no serviço durante a pandemia. Aqueles que trabalham diretamente com casos suspeitos/confirmados de COVID-19 tem taxa de acerto maior (99 - 96,1%) em relação a formação de KITs de Equipamentos de Proteção Individual adequados (p 0,026). Nas relações que colocaram o conhecimento como influência para receber o KIT, todas estabeleceram relação significativa: Enfermeiros que receberam capacitação para manejo da COVID-19 (169 - 84,9%) (p0,007), ou específica para o uso de EPIs (297 - 80,9%) (p0,027), ou que conseguem identificar corretamente EPIs capazes de formar KITs (297 – 80,9%) (p0,027), todos tendem a receber KITs capazes de proteger de forma eficiente contra a COVID 19. 86,7% dos profissionais realizaram exames para diagnóstico de contaminação por Sars-CoV-2 (351) e 50,1% apresentaram resultado positivo. Dos que adoeceram 89,2% (157) foram afastados e 60,2% (106) não recebeu nenhum tipo de apoio do seu empregador. Os profissionais com menos de 3 anos de formação tem taxa superior de adoecimento de covid (46 - 58,6%) (p0,026). Assim como, quem trabalha diretamente com casos suspeitos/confirmados de COVID-19 (55 - 59,78% / p = 0,031). 90,1% (346) dos enfermeiros como esquema vacinal completo contra o Sars-CoV-2. No aspecto medo, nas relações em que ele influencia a saúde mental negativamente elas se mostram significativas: o medo no geral (262 - 67,0% - p = 0,000), o de morrer (82 - 73,2% - p = 0,041) e o de contaminar alguém da família (248 - 67,8% - p = 0,002). 47,7% (193) dos profissionais apresentaram alto nível de exaustão. Alta despersonalização foi percebida em 10,6% (43). 64,0% (259) demonstraram ter alto nível de realização pessoal. Portanto, com tantas responsabilidades, a situação de pressão constante e os medos são agravados pela falta de apoio dos empregadores e gestores, que não capacitam de forma adequada os profissionais, e nem lhes ofertam EPIs adequados a sua necessidade de trabalho, minando a saúde física e mental dos enfermeiros que se encontram fragilizados, o que pode comprometer a sua assistência ao paciente.

MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1863830 - ANDRESSA SUELLY SATURNINO DE OLIVEIRA
Presidente - 1960392 - EDMARA CHAVES COSTA
Interno - 2051073 - LYDIA VIEIRA FREITAS DOS SANTOS
Externo à Instituição - VANESSA EMILLE CARVALHO DE SOUSA FREIRE - UNILAB