CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE VÍDEO SOBRE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO PARA PESSOAS SURDAS.
Acidente Vascular Cerebral; Tecnologia Educacional; Educação em Saúde; Pessoas com Deficiência Auditiva; Primeiros Socorros.
O Acidente Vascular Encefálico é considerado a segunda causa de mortalidade no mundo. Este pode ser classificado em dois tipos, isquêmico e hemorrágico, em ambos ocorre a descontinuação do fluxo sanguíneo para o tecido encefálico. A nível mundial, a ocorrência de AVE em adultos é de 1:4, e estima-se que a cada ano 13,7 milhões de pessoas têm AVE. Desses, aproximadamente, 5,5 milhões evoluem ao óbito. Desse modo, evidencia-se a necessidade de ampliar a divulgação do conhecimento, para que se possa alcançar públicos com potencial de salvar vidas, mas que, de antemão, são excluídos das ações de educação em saúde devido limitações no acesso à informação. Nesse contexto, todos que forem capazes de reconhecer e intervir, devem ter acesso à informação sobre o tema, dentre os quais se enquadram as pessoas surdas, pois, mesmo com o comprometimento auditivo, não existe relação direta entre a surdez e deficiências intelectuais ou motoras, que os impeçam de identificar o agravo e auxiliar nos primeiros socorros. Aponta-se, portanto, a necessidade de as
intervenções educativas tornarem-se acessíveis as pessoas surdas, mediante utilização da Libras, para que a educação em saúde promova a melhoria do conhecimento e habilidade, frente a determinados assuntos e, consequentemente, ocorra a mudança da qualidade de vida.
Assim, o objetivo principal é validar vídeo para educação em saúde sobre acidente vascular encefálico para pessoas surdas. Metodologia: Estudo metodológico de construção e validação de tecnologia, norteado no referencial metodológico de pré-produção, produção e pós- produção, sendo dividido em 4 etapas: 1º) Construção do roteiro e validação do conteúdo; 2º) Construção do storyboard e validação dos aspectos técnicos, 3º) Construção do vídeo e 4º) Avaliação do vídeo pelo público-alvo. Após a coleta dos dados, os mesmos serão duplamente digitados e organizados em bancos de dados no Microsoft Word e Excel. Para considerar o conteúdo válido, será usado o Índice de Validação de Conteúdo (IVC) e suas demais dimensões de análise. Para que cada item seja considerado válido, será adotado a margem de concordância mínima de 0,80. Já para mensurar estatisticamente a concordância entre os juízes a respeito dos itens, será calculado o Teste Binomial. O projeto será submetido a o Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) e, em todas as etapas, serão seguidas as recomendações da resolução 466/12, que organiza e padronizar as diretrizes e regulamentos que devem ser seguidos ao realizar uma pesquisa que envolva seres humanos. Quantos as pessoas que forem inclusas na pesquisa, essas serão esclarecidas quanto aos objetivos e de todo o percurso do estudo, e posteriormente assinarão o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).Todos os participantes poderão se retirar da pesquisa, caso autoavaliem necessário.