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Banca de DEFESA: DANILO FERREIRA DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANILO FERREIRA DE SOUSA
DATA: 30/08/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 212, Vídeo Conferencia - Fiocruz
TÍTULO:

CUSTO-EFETIVIDADE DA FARINHA DO ALBEDO DE MARACUJÁ AMARELO VERSUS CÚRCUMA NO CONTROLE GLICÊMICO E LIPÊMICO DE PESSOAS COM DIABETES TIPO 2.


PALAVRAS-CHAVES:

Diabetes mellitus. Passiflora. Curcuma. Análise Custo-Benefício.


PÁGINAS: 106
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é uma das principais doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Há uma estimativa de crescimento significativa nos próximos anos o que é prejudicial para a população acometida e torna os gastos relacionados ao tratamento do diabetes relevante aos países. Para o controle da glicemia e de valores lipêmicos, há diversos recursos terapêuticos já disponíveis, mas há um interesse crescente uso da medicina alternativa e complementar (MAC) no controle glicêmico e na prevenção de complicações diabéticas. Nesse contexto, surgem duas intervenções que vêm se mostrando efetivas para o controle da glicemia: a farinha do albedo do maracujá amarelo (Passiflora edulis) e a cúrcuma (Curcuma longa). Nesse ponto, é passível a análise de custo-efetividade de duas ou mais intervenções o que permite uma análise dos benefícios clínicos sem deixar de levar em consideração os custos associados ao tratamento. Desse modo, o objetivo do estudo foi analisar o custo-efetividade da farinha do albedo de maracujá amarelo versus cúrcuma no controle glicêmico e lipêmico de pessoas com diabetes tipo 2. Trata-se de uma pesquisa experimental do tipo ensaio clínico controlado e randomizado. O recrutamento dos sujeitos da proposta de pesquisa ocorreu nas Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) da cidade de Tabuleiro do Norte, no estado do Ceará. A população do estudo foi constituída por pacientes adultos com diagnóstico médico de DM2. O N final foi de 89 pessoas com DM2, sendo: (33 pessoas no grupo da cúrcuma + 28 pessoas no grupo da farinha do albedo de maracujá amarelo + 28 pessoas no grupo que fez uso do placebo). Como critérios de inclusão foram considerados elegíveis pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 há pelos menos um (1) ano; possuir idade ≥ 18 anos e ter disponibilidade previamente acordada para comparecer as etapas presenciais do estudo em que foram coletados dados dos participantes e realizado a coleta de exames laboratoriais. Foram excluídos da pesquisa pacientes usuários de insulina; usuários de fármaco glicocorticóide, psicotrópico, antimicrobiano ou antineoplásico; gestantes; pacientes acometidos por alguma doença que cause imunossupressão; pacientes que autorrelatarem a presença de complicações em decorrência do diabetes, como insuficiência renal, cegueira ou amputação de membros; e, pacientes que autorrelataram possuir doença cardiovascular severa ou hipertensão arterial não controlada. Realizou-se o recrutamento, randomização e etapas presenciais no período inicial, após 2 meses e após 4 meses. Utilizou-se um instrumento de coleta de dados antropométricos, sociodemográficos e bioquímicos. Realizou-se estatística descritiva, comparação de média, regressão, teste de normalidade e cálculo de custo-efetividade. Foi adotada uma significância estatística para o valor de p<0,05. Todos os dados foram processados no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 25.0, Minitab 19, TreeAge 2016 R2 e BioStat 5.0. O projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Vale do Acaraú (UVA) com aprovação sob n º 2.910.157. Na amostra dos participantes dos três grupos, 78.7% eram do sexo feminino, sendo que a cor autorreferida foi de 59.6% para a cor parda e 23.6% para branca. Dos participantes, 66.3% dos participantes são aposentados e a maioria, 83.1%, moram com familiares. Em relação a classificação econômica, 38.2% se classificam como D -E e 29.2% se classificavam como C2. A média de idade foi de 57.9 anos para a intervenção com albedo do maracujá, 63.1 aos para cúrcuma e 61.9 anos para o placebo. Ao longo da intervenção, os participantes do grupo com uso do derivado do albedo do maracujá apresentaram maior redução (5,9%) estatisticamente significante (p<0.05) da glicemia. Acerca da Hb1A1c, observamos uma redução estatisticamente significante e regular nos grupos de intervenção em relação ao grupo placebo (p<0,05). A redução do HOMA-IR do grupo que fez uso do derivado da cúrcuma não persistiu ao fim da intervenção (p>0.05). Uma maior redução dos níveis de triglicerídeos foi verificado para os participantes que usaram o derivado da cúrcuma. A partir da análise de custo-efetividade, o derivado da cúrcuma apresentou-se mais custo-efetiva mesmo quando ajustada para outras variáveis de confusão. A partir da análise de custo-efetividade realizada, foi possível verificar que a cúrcuma apresenta uma maior razão quando comparada ao albedo do maracujá amarelo, sendo eficaz para diminuição dos níveis de hemoglobina glicada e triglicerídeos citando apenas os mais efetivos. As duas intervenções alternativas analisadas são plausíveis de serem aplicadas na prática clínica.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1806284 - MARCIO FLAVIO MOURA DE ARAUJO
Externo ao Programa - 143.261.403-72 - MARIA DO LIVRAMENTO DE PAULA - UFMA
Externo à Instituição - ROBERTO WAGNER JÚNIOR FREIRE DE FREITAS - Fiocruz - RJ
Interno - 1814789 - THIAGO MOURA DE ARAÚJO
Externo à Instituição - VANESSA DERENJI FERREIRA DE MELLO LAAKSONEN - UofEF
Notícia cadastrada em: 26/08/2019 13:24
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