EFEITO DA FARINHA DA CASCA DO MARACUJÁ AMARELO NO CONTROLE GLICÊMICO DE PESSOAS COM DIABETES TIPO 2 NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Palavras-chave: Enfermagem. Diabetes tipo 2. Farinha de Maracujá
Ao longo da história da humanidade produtos herbáceos e suplementos alimentares têm sido utilizados no tratamento do diabetes tipo 2 (DM2). O que é resultado da cultura popular na promoção da saúde humana, muitas vezes desprestigiada. Contudo, com o crescimento do diabetes e dos custos socioeconômicos e de saúde a ele associados é crescente o interesse científico por esse tema. Desse modo, o objetivo desta pesquisa foi analisar o efeito do uso da farinha da casca do maracujá amarelo no controle glicêmico de pessoas com diabetes tipo 2, durante oito semanas. Trata-se de ensaio clínico randomizado, aberto, prospectivo conduzido com 54 participantes durantes oito semanas. Os participantes foram orientados ingerir 12 gramas da farinha, três vezes ao dia, antes do café da manha, almoço e jantar. Após as oito semanas de uso de farinha da casca do maracujá amarelo não identificamos diferenças estatísticas significantes nos valores da glicemia capilar (p=0,562), glicemia venosa de jejum (p=0,268) e hemoglobina glicada (p=0,229) entre os grupos do estudo. No grupo intervenção, identificamos um aumento (29,6%-37%) das pessoas com HbA1c normal, contudo, sem relevância estatística (p=0,274). Dentre as pessoas com síndrome metabólica, após as oito semanas da intervenção, alguns critérios como percentual de gordura, pressão arterial e os triglicerídeos apresentaram alterações positivas, mas sem relevância estatística. Portanto, na amostra em estudo, concluímos que o uso da farinha da casca do maracujá amarelo, durante oito semanas, não melhorou o controle de glicêmico das pessoas com diabetes tipo 2. Pessoas com síndrome metabólica em uso da farinha da casca do maracujá amarelo também não apresentaram melhora estatisticamente significantes em nenhum dos componentes da síndrome. O estudo foi aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa com seres humanos da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro Brasileira (UNILAB) sob parecer 828-534/2014. O ensaio clínico também foi registrado na Rede Brasileira de Ensaios Clínicos sob o número RBR-9jth8n.