Saúde materno infantil: práticas de cuidado no contexto penal.
Prisões; assistência de enfermagem; saúde da criança.
O Sistema Penal encontra-se no rol de atendimento do Sistema Único de Saúde, garantido por leis que definem a assistência prestada dentro das Unidades Penais. Observa-se o crescente o número de mulheres encarceradas, contribuindo ainda mais com as consequências para a saúde como a superlotação das Unidades. Uma consequência considerável é a manutenção de filhos de detentas que permanecem encarcerados juntamente com as mães, enquanto amamentam ou enquanto o estado permite. Em estudos, observam-se relatos das mães sobre as consequências que o ambiente hostil da prisão acarreta na criança e sobre a dificuldade de prestação de cuidados à criança, visto que não há presença de suporte familiar. Objetivos: • Aplicar tecnologias de cuidado às mães sobre o cuidado com a criança no ambiente prisional. Método: A pesquisa terá abordagem qualitativa e se tratará de uma pesquisa-cuidado. Serão sujeitos do estudo os profissionais de saúde (fonte de informação), as mães que mantenham filhos na unidade e as gestantes a partir do terceiro trimestre (receptoras da ação). Para a coleta de dados serão seguidos os passos de pesquisa cuidado descritos por Neves e Zagonel (2006). Como instrumentos para coleta de dados serão utilizados formulários (para conhecer a estrutura e ações que são desenvolvidas na unidade), técnicas de Desenho- Estória com Tema (para definir os temas que serão trabalhados nos encontros com as detentas) e diário de Campo (para registrar as atividades de intervenção que serão desenvolvidas e percepções do pesquisador). Para analisar os dados será usada a técnica de triangulação de dados descrita por Marcondes e Brisola (2014). Propõe-se, ao final da pesquisa, a criação de um Manual de Procedimento Operacional Padrão – POP sobre as atividades práticas que foram discutidas com as mães relacionadas aos cuidados com a criança.