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Banca de DEFESA: GEORGE SOUSA CAVALCANTE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GEORGE SOUSA CAVALCANTE
DATA: 25/06/2020
HORA: 14:30
LOCAL: Virtual
TÍTULO:

O QUE TEM ESSE POVO DE ÍNDIO? – UM ESTUDO DE CASO ACERCA DA IMAGEM QUE A POPULAÇÃO DE MARACANAÚ TEM DO POVO PITAGUARY


PALAVRAS-CHAVES:

Pitaguary; Indígena; Identidade; Territorialidade; Representações Sociais.


PÁGINAS: 202
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO:

A situação dos povos indígenas da região Nordeste do Brasil, por conseguinte do Ceará, tem sido caracterizada historicamente pela expropriação das suas terras; pelo etnocídio; pelo não-reconhecimento e pelo preconceito. Não obstante a resistência, permanência e continuidade histórica (no sentido de luta política) dos índios cearenses, esse processo de etnocídio provocou prejuízos que ainda hoje repercutem no reconhecimento de sua identidade e da sua territorialidade. Assim sendo é intrigante questionar: Como as pessoas não-indígenas do município de Maracanaú, localizado no estado do Ceará, veem os povos Pitaguary, no tocante sua identidade indígena e o seu direito à terra? Qual a visão que os Pitaguary têm de si mesmo e como eles percebem o olhar da sociedade ao seu redor, no que diz respeito à questão identitária e territorial? Pressupomos que os processos de “invisibilização” e de “caboclização”, aos quais os povos indígenas do Nordeste brasileiro, por conseguinte, os do Ceará, foram submetidos a quase duzentos anos, implicam, de alguma forma, na imagem que os maracanauenses não-indígenas carregam dos Pitaguary, resultando nas seguintes indagações e afirmações, presentes nas falas dos interlocutores: “o que tem esse povo de índio? ” “No Ceará não tem índio! ” “Existe muita terra sem ser aproveitada porque dizem que pertence aos índios”. Norteado por estas questões objetivamos aqui examinar a etnicidade e territorialidade Pitaguary a partir da abordagem teórica-metodológica das representações sociais (JODELET, 2018; MINAYO, 1992) com sua perspectiva interdisciplinar, dialogando com as seguintes áreas do conhecimento: História, Antropologia, Filosofia e Ciências Sociais. Fundamentado em uma orientação teórica composta pela análise social processualista (FELDMAM-BIANCO, 1987) e histórica (OLIVEIRA FILHO, 1999; GINZBURG, 1991; LEVI, 1992; GRENDI, 1978) para analisar o processo de territorialização. Tomando ainda como aporte teórico Barth (2011), Cardoso de Oliveira (1978; 2000) para analisar a etnicidade. Optamos pelo o estudo de caso – com pessoas não-indígenas que residem em Maracanaú – como método empregado para atingir o fim proposto através da generalização analítica. Lançando mão de entrevistas semiestruturadas, da análise histórica-documental de longa duração e da observação participante como técnicas das coletas dos dados, comparando os resultados empíricos. Vale lembrar que o estudo de caso se propõe a investigar um fenômeno da vida real contemporânea com profundidade (YIN, 2010). Sendo que complexidade e totalidade do caso podem ser melhor compreendidas a partir da utilização de várias fontes no delineamento dos dados (VANCOCELOS 2016). Assim posto, trazemos como resultado dessa pesquisa, além da contribuição com outras pesquisas – acerca da etnicidade e da territorialização dos Pitaguary, por conseguinte, dos povos indígenas do Ceará –, a denúncia registrada, via dissertação, contra a estigmatização étnica sistémica, observável no cenário interétnico das relações sociais (CARDOSO DE OLIVEIRA, 2000) em Maracanaú, reflexo de uma conjuntura sócio-histórica, no que tange aos povos indígenas cearenses – especificamente o povo Pitaguary. Ensejando uma proposta epistemológica dialógica, colaborativa e crítica.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1561853 - EDSON HOLANDA LIMA BARBOZA
Interno - 1960486 - ANTONIO VIEIRA DA SILVA FILHO
Externo ao Programa - 3066438 - RHUAN CARLOS DOS SANTOS LOPES
Externo ao Programa - 2314264 - CAROLINE FARIAS LEAL MENDONÇA
Notícia cadastrada em: 24/06/2020 16:12
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