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Banca de DEFESA: MARIA DO SOCORRO MENDES DE VASCONCELOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA DO SOCORRO MENDES DE VASCONCELOS
DATA: 31/07/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Campus Auroras
TÍTULO:

MEMÓRIA, RESISTÊNCIA E EDUCAÇÃO DAS PESSOAS ATINGIDAS PELA HANSENÍASE NO CEARÁ  (1928 – 2018)


PALAVRAS-CHAVES:

Hanseníase. Memória. Educação. Resistência. Estigma.


PÁGINAS: 94
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO:

O presente trabalho reflete sobre as experiências das pessoas atingidas pela hanseníase, através das memórias e narrativas dos sujeitos que vivenciaram o adoecimento de lepra/hansen que foram separados da convivência em sociedade. Entende-se a doença como fenômeno bio-social que incorpora e reafirma valores estruturados em sociedade hierárquica, desigual que constitui modos de ser e estar dos corpos em múltiplas culturas ao longo dos tempos em diversos espaços. Faz-se necessário para compreensão, utilizar os diversos saberes para além da disciplinaridade, contemplando história da saúde e da doença, antropologia, sociologia, as políticas públicas de saúde, revelando as formas de resistência individuais/coletivas desenvolvidas durante o período de segregação, bem como a articulação de movimento oficial. A extensão do isolamento dos acometidos pela lepra/hanseníase seguiu o tripé colônia/dispersário/preventório (CUNHA, 2005), foi além do internamento dos doentes, atingindo a todos os que com eles conviviam, os filhos sadios eram encaminhados aos preventórios/educandários em nome da proteção à sociedade. Entender as vivências dessa separação pela escuta dos que foram alocados no Educandário Eunice Weaver em Maranguape, Ceará, a partir do diagnóstico e internamento dos pais na Colonia Antonio Diogo é primordial para compreensão da extensão da política profilática da lepra/hanseníase.  Em 1928, instala-se o primeiro leprosário, denominado “Leprozaria Canafístula”, hoje Centro de Convivência Antonio Diogo, em Redenção. No isolamento, foram obrigados a se reinventarem para sobreviver, estabelecendo relações no cotidiano afetivas e profissionais, pois o espaço entre os muros reproduzia uma cidade, caracterizando a forma de controle encontrada em “instituições totais” (GOFFMAN, 1961). Com a possibilidade de cura e retorno à sociedade, os ex-pacientes da hansen, em busca de direitos e de uma vida digna, organizam-se na década de 80 na entidade MORHAN – Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase. Pretende-se com foco nas memórias, entrevistar os participantes do isolamento na Colônia, líderes do MORHAN do Núcleo Redenção e dos internados no Educandário Eunice Weaver, que hoje buscam a reparação do Estado pela separação da família.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2079686 - ROBERTO KENNEDY GOMES FRANCO
Externo ao Programa - 2277325 - JAMES FERREIRA MOURA JUNIOR
Externo ao Programa - 1659589 - RAFAEL ANTUNES ALMEIDA
Notícia cadastrada em: 29/07/2019 10:44
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