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Banca de QUALIFICAÇÃO: FRANCISCO DEOCLÉCIO CARVALHO GALVÃO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCO DEOCLÉCIO CARVALHO GALVÃO
DATA: 29/07/2019
HORA: 13:00
LOCAL: Sala 321, bloco A, Campus das Auroras
TÍTULO:

Ações governamentais e práticas pedagógicas escolares no ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena em Cascavel – CE (2013 – 2018)


PALAVRAS-CHAVES:

Lei 11.645/08, Ensino, Afro-indígena, Interdisciplinaridade, Cascavel (CE)


PÁGINAS: 76
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO:

Ao estabelecer a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena nas instituições educacionais de ensino básico, públicas e particulares do país, a partir da sanção da Lei 10.639/2003 e, posteriormente, 11.645/2008, o governo brasileiro gerou dúvidas e inquietações diversas quanto à formação de professores, metodologias de ensino e o próprio conteúdo a ser ministrado no intento de atender à legislação. É importante frisar que não foi a primeira vez que surgiu, em textos oficiais, a necessidade de abordar as matrizes étnicas do país, posto que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96) já previa a inclusão, nas aulas de História, de discussões relativas a participação de africanos, europeus e indígenas na construção da “formação do povo brasileiro”; todavia, foi a primeira vez que o tema apareceu de maneira explícita e impositiva, fazendo com que alguns educadores questionassem a necessidade de tal abordagem. Isto posto, buscamos compreender como se dá o tratamento de tais temáticas na rede púbica municipal de Cascavel (CE) através da realidade de duas escolas, uma da zona urbana e outra, da zona rural. Fazendo uso de entrevistas semiestruturadas com professores das disciplinas de História, Língua Portuguesa e Arte, buscamos compreender como se dá a transformação do currículo prescritivo em currículo interativo e, ainda, como é implementada a legislação nestas duas instituições. Nos encontros com estes educadores, os questionamentos levaram em consideração as suas formações acadêmicas, pertencimentos étnico-raciais e os subsídios que lhes foram oferecidos para uso em sala de aula. A democracia racial propalada desde a Era Vargas cai por terra quando compreende-se que a questão afro-indígena brasileira é marcada pela invisibilidade e silenciamento destes dois grupos étnicos, seja pelo elogio à miscigenação, quando buscou-se clarear a tez da população, seja pela negação da existência destes povos, como foi o caso no Estado do Ceará, que construiu para si uma identidade miscigenada excluindo o negro e absorvendo o indígena. Fica claro que a pretensa harmonia racial descrita por Freyre (1933) não é possível de encontrar na práxis cotidiana. Em se tratando da abordagem sobre a história e cultura afro-indígena nos materiais didáticos e em sala de aula, percebemos que o currículo ainda é tímido, negando espaços e cristalizando os sujeitos, ainda atuando sob a estereotipia construída no colonialismo e continuada na colonialidade da nossa sociedade.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1561853 - EDSON HOLANDA LIMA BARBOZA
Interno - 1304426 - ARILSON DOS SANTOS GOMES
Externo à Instituição - ISAÍDE BANDEIRA DA SILVA - UECE
Notícia cadastrada em: 23/07/2019 23:13
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