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Banca de QUALIFICAÇÃO: MAYCOM CLEBER ARAUJO SOUSA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAYCOM CLEBER ARAUJO SOUSA
DATA: 08/07/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Campus das Auroras, Bloco C, sala 201.
TÍTULO:

Educação indígena na América portuguesa quinhentista: estudo do teatro anchietano.


PALAVRAS-CHAVES:

Companhia de Jesus; Catequese; Alteridade.


PÁGINAS: 78
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO:

O encontro cultural entre jesuítas e povos indígenas, ocorrido no século XVI, em decorrência
da colonização do Brasil pelo Império português, produziu uma relação intercultural entre os
dois grupos, que aqui será analisada a partir do prisma de Caterine Walsh (2009). Partimos da
ideia de interculturalidade funcional apresentada pela autora, para compreender o desenrolar
desse contato. O termo interculturalidade denota a ideia de que existam possibilidades de
diálogo entre culturas, portanto, podemos conceber o contato entre jesuítas e índios como um
encontro intercultural, tendo em vista a comunicação estabelecida pela troca de elementos
simbólicos. No entanto, essa relação, possui um prisma funcional Walsh (IDEM), pois atendia
as intensões colonizadoras da sociedade imperial portuguesa. Os jesuítas surgem como
responsáveis pela inserção desses sujeitos no corpo social lusitano. Pela catequese,
relacionavam-se intercultural mente com os nativos, objetivando a salvação de suas almas.
Logo, existe uma relação intercultural funcional ao estado português. Além disso, buscamos
demonstrar como a Companhia de Jesus utilizava elementos pedagógicos para projetar a sua
própria imagem no outro, nesse caso, o índio. Para tanto, pensamos a alteridade jesuítica com
base em François Hartog (1999). Temos como objeto o Auto da Festa de São Lourenço
(1583), de José de Anchieta, onde identificamos aspectos da identidade jesuítica, bem como
os processos pedagógicos empregados pela Ordem, na tentativa de catequização do outro.
Objetivamos, portanto, compreender a missionação inaciana que, através de sua alteridade,
busca na salvação do outro, sua ascese, ao mesmo tempo que projeto a sujeição dos povos
indígenas a Respublica Christiana quinhentista lusa, por meio da ideia de corpo social e sua
respectiva concepção de integração do outro mediante a catequese. Buscando entender de
forma crítica uma enunciação da alteridade, Hartog (IDEM), desenvolve um conceito ao qual
denomina de desvio sistemático. Para o autor, como requisito mínimo para que haja a
comunicação, é necessária a existência de um conjunto de saberes semântico, enciclopédico e
simbólico comum a ambos os grupos. Dessa forma, a cultura passa a ser interpretada de
acordo com o seu homologo presente no mundo do narrador. No caso do Auto em análise,
aparecem outras categorias de Hartog (IDEM), como inversão e comparação, para realizar a
tradução do outro, buscando, ao fim de tudo, que ocorresse a conversão do seu espectador.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1307825 - FABIO EDUARDO CRESSONI
Interno - 2996336 - JEANNETTE FILOMENO POUCHAIN RAMOS
Externo ao Programa - 1229329 - KAE STOLL COLVERO LEMOS
Notícia cadastrada em: 09/05/2019 14:14
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