Construindo Poder Popular, rumo a uma sociedade sem exploração e sem opressão: a experiência da Organização Popular - OPA
Organização Popular; Poder Popular; Luta de Classes
No âmbito da formulação teórico-política, no Brasil, uma parte da chamada esquerda insiste em avaliar a crise segundo os critérios democrático burgueses. Um outro setor, no entanto, recorre à tradição revolucionária marxista da dualidade de poderes, do antagonismo de classes, e passa a concentrar forças na investigação e na organização autônoma da classe enquanto classe, na construção do Poder Popular. Assim surge a Organização Popular, a OPA, motivo do presente estudo. Estudo esse apresentado em duas partes: a primeira, com o embasamento histórico do que seja o Poder Popular, dividida em três: 1) Origem Histórica do Poder popular; 2) Poder Popular no capitalismo; e 3) Poder Popular nas experiências de transição socialistas. A secunda parte será dedicada à apresentação reflexiva da Organização Popular, sendo dividida em três eixos principais: 1) Organicidade: como se dá a articulação interna do poder de decisão; 2) Formação: sobre as bases teóricas que servem à construção do Poder Popular na OPA; e 3) Luta: as ações diretas, forma encontrada para romper com o controle da política oficial dominante. Os objetivos traçados para o modesto trabalho são prioritariamente dois: 1) Responder se a OPA é embrião de esperança de construção de nova sociedade; e, se sim, em que aspectos. 2) Que a sistematização teórica dessa experiência, entre erros e acertos, possa servir à política, ou seja, à prática contínua do Poder Popular em qualquer lugar em que este se manifeste.