A EXPERIÊNCIA DE TRABALHO, EDUCAÇÃO E SAÚDE DA JUVENTUDE COM AUTISMO NO CEARÁ (1988-2018)
Autismo; Trabalho; Educação; Saúde; Juventude.
Esta dissertação, pautada na metodologia interdisciplinar em humanidades, vinculada ao Mestrado Interdisciplinar em Humanidades da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB, tem como objetivo geral analisar A EXPERIÊNCIA DE TRABALHO, EDUCAÇÃO E SAÚDE DA JUVENTUDE COM AUTISMO NO CEARÁ entre os anos de 1988 e 2018. Especificamente dialogar com jovens adultos autistas que estão na universidade ou recém formados, para, a partir das memórias de suas experiências de vida individual e familiar, compreender o percurso de alguém com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas áreas de saúde e educação e seu acesso ao mundo do trabalho. O TEA é um transtorno de natureza biológica que traz grandes necessidades sociais de natureza familiar, educacional, de saúde e trabalho. Transtorno mental que exige olhar sobre seus mais diversos aspectos, visto que não é possível compreender e problematizar o autismo em fronteiras disciplinares. É preciso pensá-lo como uma condição biológica, mas também como uma condição que produz subjetividades e geram necessidades sociais para o indivíduo e para a família, colocando-o não só nos limites do cérebro, mas um cérebro inserido num contexto social, cultural e histórico. Busco, portanto, nesta pesquisa, a partir do diálogo de campo com autistas e instituições, de um lado a identificação neurobiológica do TEA e por outro a investigação das relações familiares em sentido social reconstruindo as disposições sociais – habitus (Bordieu e Elias), em sua complexidade, já que em saúde mental o método investigativo deve incorporar os conceitos de totalidade, historicidade e contraditoriedade das formas materiais da vida.