Banca de QUALIFICAÇÃO: RAMON FERNANDES RAMOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAMON FERNANDES RAMOS
DATA: 31/07/2018
HORA: 16:00
LOCAL: Campus das Auroras
TÍTULO:

AS MARCAS DA LGBTFOBIA EM AMBIENTE ESCOLAR E ALGUMAS HISTÓRIAS DE VIDA EM RESISTÊNCIA: ANÁLISE DOS ENFRENTAMENTOS E DOS ASSUJEITAMENTOS DE ALUNOS/AS LGBTT

PALAVRAS-CHAVES:

Homofobia, Homossexualidade, LGBT’s (sigla para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais); Escola e Alunos (as).

PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO:

Registros históricos apontam indícios de homossexualidade 1200 A.C. numa evidência natural da sua presença na vida humana. Alguns autores como William Naphy afirmam que as relações entre pessoas do mesmo sexo faziam parte da cultura e ganhavam relevo em várias atividades inclusive religiosas. A homossexualidade no contexto social ou mesmo a sexualidade humana no sentido mais amplo do termo demanda por novos estudos e novas contribuições que possam facultar ao homem e à mulher, a possibilidade da realização plena de seus desejos, de seus sentimentos independentemente de quais valores possa a sociedade está abraçando. No campo do sexo, as realizações plenas de performances legitimadas pelos desejos e possibilidades individuais esbarram nos limites impostos pela ordem social estabelecida que dita um padrão e faz uso da força - discriminação sexual, Homofobia – para quem dele “se desvia”. Propõe-se apresentar e discutir as violências ou assujeitamentos que alunos LGBT’s sofrem nos espaços da escola pública advinda das relações dentro da comunidade escolar, a partir das relações sociais, das políticas educacionais e das práticas pedagógicasà luz da Teoria Queer (MISKOLCI, BUTLER) numa perspectiva pós-estruturalista (LOURO). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, um estudo de caso, de caráter etnográfico, com orientação analítico-descritiva mediante conversas informais, entrevistas semiestruturadas com questões abertas de sujeitos voluntários que se identificam com a diversidade sexual e que foram recentemente alunos do ensino médio de uma escola da periferia de Fortaleza/CE. E concluída com uma discussão dos dados obtidos a partir das narrativas de vida em relação à Teoria Queer.  O campo de pesquisa foi uma escola de Ensino Médio fundada há 42 anos dentro do regime militar e apresenta em seu nome uma patente militar. Num universo de quase 500 alunos em meio a essa complexidade, posicionam-se os sujeitos LGBTT que frequentam a escola como alunos que atuam no dia-a-dia, interagindo e se relacionando em meio a uma trajetória de tensões, esquecidos ou negados pela dinâmica social ou invisibilizados nas estatísticas dos indicadores educacionais: Ideb, Idmédio, Evasão, Taxa de infrequência, Índice de reprovação, entre outros. A partir da verificação dos dados a que tive livre acesso e voluntária adesão, selecionamos 2 alunos e 2 alunas LGBT’s que estiveram na escola, foram vítimas da homofobia dentro e fora da instituição e de alguma maneira superam as discriminações e caminharam para conclusão da etapa de estudo. Os quatro participantes assim foram identificados: A Sininho – travesti feminino; O Gato de Botas – travesti masculino; A Pocahontas – Lésbica e namorada do Gato de Botas, à época e O príncipe – Gay, homossexual Masculino. A primeira entrevistada apresenta em sua narrativa preliminar uma série de dados que possamos discutir acerca das práticas pedagógicas na escola e a postura dos docentes para dialogar com Miskolci; Na história do  segundo entrevistado, a discussão recai sobre as relações sociais dentro da escola e os direitos do homossexual; a terceira participante pode-se abrir a discussão para as questões afetivas e emocionais que são importantes no processo de ensino-aprendizagem e o último insere na discussão a família e o papel da escola.

MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 3965942 - CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA BEZERRA
Interno - 2079545 - FRANCISCO VITOR MACÊDO PEREIRA
Interno - 1900718 - LARISSA OLIVEIRA E GABARRA