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Banca de DEFESA: ELISÂNGELA MARIA RICARDO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELISÂNGELA MARIA RICARDO
DATA: 19/01/2018
HORA: 13:00
LOCAL: Campus das Auroras, Sala de Reunião 321, Bloco A
TÍTULO:

 

 

Entre Indícios e Vestígios dos Tempos da Ditadura Civil Militar em Parnaíba-PI


PALAVRAS-CHAVES:

PALAVRAS CHAVE: Ditadura Civil Militar; Inquérito; Paradigma Indiciário; Subversivos.


PÁGINAS: 140
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO:

O presente texto, trata-se de uma investigação interdisciplinar em humanidades, na qual, utilizou-se como fio condutor os pressupostos epistemológicos do paradigma indiciário de Carlo Ginzburg (1989), para pesquisa e escrita da dissertação do Mestrado Interdisciplinar em Humanidades da Universidade da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB. Nosso objetivo geral compreendeu a análise do Inquérito Policial Militar em Parnaíba - PI processo crime contra o Estado e a Ordem Política e Social, instaurado após o golpe civil militar que ocorreu no Brasil em 01 de abril de 1964, mediante as pistas e vestígios deixados à margem da história oficial contada pela classe dominante, para averiguar o que levou estudantes e sindicalistas serem considerados subversivos. Inspirados em Ginzburg (1989), que analisou meticulosamente o processo crime de Menocchio, moleiro friulano queimado por ordem do Santo Ofício durante a Inquisição, analisamos o IPM, seguindo as pistas e vestígios infinitesimais deixados nas minúcias do processo, contrapondo dialeticamente com as narrativas do tempo presente de Ademir Alves de Melo, um dos 34 indiciados do IPM, acusado de subversão à ordem política social. Entrelaçando a todos os outros depoimentos dos demais acusados nos Termos de Perguntas ao Indiciado (TPIs) (IPM nº 349, 1964). Confirmando a importância do trabalho com a História Oral, uma vez que os sujeitos excluídos pela “História Oficial” dos IPMs têm a possibilidade de narrar suas memórias contra hegemônicas (GRAMSCI, 1979) e desta forma, “[...] escavando os meandros dos textos, contra as intenções de quem os produziu, podemos fazer emergir vozes incontroladas” (GINZBURG, 2007, p. 11), sobre as possíveis outras histórias da ditadura civil-militar em Parnaíba-PI. E assim como os processos foram notoriamente esquadrinhados pelos militares, reanalisar e aliar os mesmos a história oral daqueles que contribuíram para construção dos fatos naquele período, colaborou com o debate político de disputa da memória dos tempos da ditadura civil-militar em Parnaíba/Piauí, evidenciando que sindicalistas e estudantes foram considerados subversivos, por serem ativos na luta travada entre a classe trabalhadora e o capital.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2079686 - ROBERTO KENNEDY GOMES FRANCO
Interno - 1561853 - EDSON HOLANDA LIMA BARBOZA
Externo ao Programa - 2279014 - SERGIO KRIEGER BARREIRA
Externo à Instituição - ANDRÉ AGUIAR NOGUEIRA - IFCE
Notícia cadastrada em: 09/01/2018 15:31
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