Notícias

Banca de DEFESA: FERNANDO ANTONIO FONTENELE LEÃO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FERNANDO ANTONIO FONTENELE LEÃO
DATA: 12/01/2018
HORA: 09:30
LOCAL: Sala 201_UNILAB_Campus das Auroras
TÍTULO:

A relação Universidade e Sociedade em comunidades camponesas com conflitos ambientais: o olhar dos moradores da comunidade do Tomé, Chapada do Apodi, Ceará.


PALAVRAS-CHAVES:

Universidade pública; Democracia; Emancipação social.


PÁGINAS: 150
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO:

Já há algumas décadas, há um avanço das fronteiras de acumulação capitalista sobre os territórios camponeses no Brasil, gerando injustiças e conflitos sociais e ambientais (MARTINS, 1981). O quadro de conflitos e as denuncias por movimentos sociais organizados e por moradores de comunidades atingidas chamam a atenção de pesquisadores e grupos de pesquisa de diferentes universidades públicas no país – a exemplo de grupos da UFC, da UFMG, da UFMA – que reagem com uma série de ações acadêmicas nesses territórios. Nesta perspectiva, considerando um conjunto de reflexões acerca das relações existentes entre Universidade e comunidade, cumpre indagar: Como tem se dado as ações das universidades nessas comunidades que vivenciam conflitos ambientais? Como os sujeitos da Universidade se relacionam com os sujeitos e os saberes da comunidade e que estratégias buscam para a efetivação de ações relevantes para o contexto comunitário? O que pensam os moradores dessas comunidades acerca de tais ações? Neste cenário, esta pesquisa intenta compreender os desafios, os limites e as potencialidades da atuação da Universidade em comunidades camponesas com conflitos ambientais, a partir do olhar dos moradores da comunidade do Tomé, Chapada do Apodi, Ceará, acerca de ações realizadas entre 2007 e 2017. Nossa definição do universo da pesquisa passou pela compreensão de que o conflito instalado nessa comunidade, situada na macrorregião cearense do Baixo Jaguaribe, é um caso representativo dos conflitos ambientais que se multiplicam no país e a comunidade do Tomé se transformou no epicentro dos conflitos na região, principalmente, pela atuação de Zé Maria do Tomé, agricultor e liderança nesta comunidade, assassinado em 2010. Considerando a perspectiva reflexiva da relação Universidade e Sociedade e a análise do olhar dos moradores acerca das ações da Universidade, o viés metodológico desta pesquisa fundamentou-se na articulação entre i) observação participante; ii) entrevistas semi-estruturadas; iii) análise de um texto teatral; iv) pesquisa bibliográfica (OLIVEIRA, 2007), compreendendo, principalmente, o estudo da produção acadêmica relacionada aos conflitos ambientais na região do Baixo Jaguaribe, na Chapada do Apodi e, especificamente, na comunidade do Tomé, entre os anos de 2007 e 2017 (RIGOTTO, 2011; ROCHA, 2013; SILVA, 2014) e a produção teórica sobre comunidades camponesas (MARTINS, 1981; 1989; 1993), sobre educação e emancipação (FREIRE, 1977; 2005; SANTOS, 1991;2006) e sobre Universidade (RIBEIRO, 2003; SANTOS, 2013). Nossa hipótese é que a experiência dos moradores – que participaram, tiveram conhecimento ou apenas ouviram falar sobre as ações da Universidade em sua comunidade – pode oferecer elementos para avaliar o que foi realizado e para arquitetar uma práxis acadêmica mais democrática, socialmente referenciada e comprometida ética e politicamente com as transformações sociais na direção da liberdade, da justiça ambiental e da emancipação do ser humano.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2079646 - CARLOS HENRIQUE LOPES PINHEIRO
Externo ao Programa - 1325939 - EDUARDO GOMES MACHADO
Externo à Instituição - JOÃO BATISTA DE ALBUQUERQUE FIGUEIREDO - UFC
Externo à Instituição - RAQUEL MARIA RIGOTTO - UFC
Notícia cadastrada em: 31/12/2017 10:28
SIGAA | Diretoria de Tecnologia da Informação - - | Copyright © 2006-2024 - UNILAB - adminrh1.adminrh1