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Banca de QUALIFICAÇÃO: MÁRCIA MARIA DE ALBUQUERQUE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MÁRCIA MARIA DE ALBUQUERQUE
DATA: 14/07/2017
HORA: 09:30
LOCAL: Campus das Auroras Bloco A sala 218
TÍTULO:

Lei 10.639: opção curricular (de) colonial para compreender a negritude no universo docente e discente da Escola Profº Mário Schenberb (2014-2017)


PALAVRAS-CHAVES:

Lei 10.639/03. Currículo. Negritude. Descolonialidade


PÁGINAS: 77
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO:

No Brasil, a Lei 10.639/03 estabelece a obrigatoriedade dos conteúdos relativos à história e cultura africana e afro-brasileira no currículo da educação básica. De acordo com a lei, o conteúdo programático a ser considerado deve incluir, ainda, aspectos relativos à luta do povo negro brasileiro e suas contribuições para a formação da sociedade nacional e promover o ‘Dia Nacional da Consciência Negra’.  Partindo da problemática relacionada à implementação da lei no currículo das escolas, temos como objetivo deste trabalho compreender a negritude e sua interrelação com os seres, saberes e poderes constituídos no universo docente e discente da Escola Mário Schenberg, em Fortaleza - CE, no interstício de 2014 a 2017. Durante este período, desenvolvemos na escola uma série de atividades relacionadas às questões étnico-raciais através do “Projeto Consciência Negra”, uma iniciativa dos professores, especialmente da área de ciências humanas e linguagens e códigos. A pesquisa que ora desenvolvemos se coloca como uma possibilidade de escuta dos sujeitos da escola, no sentido de compreendermos os sentidos que os mesmos atribuem à negritude, partindo da hipótese de que docentes e discentes têm uma contribuição própria para tratar de “identidade negra”, que não coincide com a visão essencialista tradicional. Por meio de uma abordagem crítico-reflexiva e considerando a escola um espaço “entre-lugares” (Bhabha, 1998), um local em movimento, propício à produção de novos sujeitos e a uma práxis revolucionária, pretendemos revisar aspectos conceituais, epistemológicos, pedagógicos e políticos implicados na ideia de raça/negritude, onde o “pensamiento decolonial” (GROSFOGUEL, 2013) entraria como pressuposto metodológico inovador. Para o desenvolvimento deste trabalho, utilizamos a pesquisa qualitativa, documental, bibliográfica, autobiográfica e participativa, através de uma perspectiva transdisciplinar, onde a prática dialógica de Paulo Freire significa um recurso para a abordagem dos sujeitos da pesquisa e do conhecimento produzido pelos mesmos, principalmente quando propomos trabalhar os “círculos de cultura”, através dos temas geradores a serem definidos pelos estudantes.  A principal referência bibliográfica para entender a diáspora negra (um tempo em movimento) e estabelecer novos sentidos para a negritude nos chega através do pensamento de Paul Gilroy (2012), para quem a ideia de raça não se sustenta. Quijano (2005) também segue na mesma direção quando afirma que a raça funciona como um instrumento de dominação colonial. Entendendo a Lei 10.639 como um princípio norteador para a educação das relações étnico-raciais, defendemos que a mesma pode assumir vários desdobramentos que, no caso desta pesquisa, caminham na direção de se considerar a importância da interculturalidade crítica e da transdisciplinaridade para a construção de uma práxis educativa “revolucionária”, capaz de ressignificar os saberes e possibilitar a “construção/reconstrução” de novas subjetividades na escola.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2314264 - CAROLINE FARIAS LEAL MENDONÇA
Presidente - 2996336 - JEANNETTE FILOMENO POUCHAIN RAMOS
Interno - 1900718 - LARISSA OLIVEIRA E GABARRA
Externo à Instituição - ROSÂNGELA RIBEIRO DA SILVA - NENHUMA
Notícia cadastrada em: 03/07/2017 12:36
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