Banca de QUALIFICAÇÃO: JOANNA CAVALCANTE PINHEIRO FARIAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOANNA CAVALCANTE PINHEIRO FARIAS
DATA: 03/08/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Campus das Auroras
TÍTULO:

CADÊ O PRETO QUE ESTAVA AQUI?:

PRESENÇA E ALOCAÇÃO DE ESCRAVIZADOS EM VILA DE ACARAPE E BATURITÉ (1870-1884)

 

PALAVRAS-CHAVES:

Escravizados. Trabalho. Vila de Acarape. Baturité.

PÁGINAS: 76
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO:

RESUMO

Há muito tempo predomina um mito de que a escravidão no Ceará teria sido pouco significativa, discurso vinculado ao inferior número de negros na região, além da falta de uma rota de comercialização de escravizados africanos para os portos cearenses. Na busca de desmistificar tal afirmativa, muitos pesquisadores se decaíram sobre a temática, fazendo com que o número de publicações a este respeito crescesse nos últimos anos. Essa mão de obra durante muito tempo esteve quase que exclusivamente como propriedade de grandes fazendeiros e pequenos proprietários de terra. Sua distribuição de trabalho se dava, em partes, para o cultivo da lavoura de algodão, serviços pecuaristas e à agropecuária de subsistência enquanto não se iniciava os períodos de estiagens, que prejudicavam diretamente à produção desses possuintes. Com o péssimo estado de registros de vila de Acarape e Baturité na região, que, quando encontrados, sofrem com marcas de água ou de falta de cuidados que prejudicam a leitura do pesquisador, não é possível identificar quais eram os principais pontos de alocação destes escravizados e os impactos da seca de 1877 para estes. Para uma melhor contextualização do período, esta pesquisa determinou a temporalidade de 1870 até o ano de 1884, que correspondem ao início de uma década de transformações locais e um ano após a emancipação da escravatura na região, que ocorre em datas distintas no ano de 1883. A escolha destes espaços se deu pelo fato de o primeiro ser pioneiro no ato abolicionista e o segundo por ser um dos municípios da época com maior respaldo nas proximidades da capital da Província. De acordo com os primeiros resultados, este grupo se encontrava, principalmente, com pessoas influentes da região e, quase sempre, pertencente às mesmas famílias, alocados em serviços domésticos ou agrícolas, quando identificados. Ainda foram detectadas possíveis interações e, até então, não foram constatados deslocamentos entre 1877 e 1879. Este trabalho, portanto, pretende atuar como uma literatura especializada e preencher lacunas quanto aos últimos anos da instituição escravista em vila de Acarape e Baturité.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2865415 - LUIS TOMAS DOMINGOS
Interno - 1165204 - ELCIMAR SIMÃO MARTINS
Externo ao Programa - 1127296 - GERANILDE COSTA E SILVA
Externo à Instituição - EURÍPEDES ANTÔNIO FUNES - UFC