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Banca de QUALIFICAÇÃO: FABRÍCIO DARLAN VIEIRA DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FABRÍCIO DARLAN VIEIRA DA SILVA
DATA: 14/12/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

MARIA CAROLINA DE JESUS E A MULHER NEGRA NA LITERATURA BRASILEIRA


PALAVRAS-CHAVES:

Feminismo negro; Literatura negra; Escrevivências; Interseccionalidades.


PÁGINAS: 33
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO:

O presente estudo teve como motivação inicial os resultados de oficinas realizadas pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), com vigência nos anos de 2016 a 2018. Em uma dessas oficinas, o foco foi à representação das mulheres negras na literatura afro-brasileira. Foram analisadas diversas obras de escritoras negras, dentre elas: Conceição Evaristo (2014) com sua obra intitulada Olhos d’água; Maria Firmina dos Reis (1859) trazendo Úrsula e, por fim Carolina Maria de Jesus (1960) com o Quarto de despejo. As obras analisadas revelam a diversidade de experiências das mulheres negras no Brasil. Elas são representadas como mães, filhas, esposas, trabalhadoras, ativistas, e muito mais. As obras também mostram os desafios que essas mulheres enfrentam, como o racismo, a pobreza, a violência e a discriminação. O estudo busca contribuir para o debate sobre a representação das mulheres negras na literatura brasileira. Acreditamos que essas obras são importantes para a construção de uma memória e uma identidade nacional mais inclusiva. Assim sendo, a presente pesquisa surge da aspiração de entender e gerar produção de conhecimento referente ao papel da mulher negra, pobre, moradora de favela e “invisível” na literatura brasileira. Nesse contexto, destaca-se uma escritora da década de 1960 para análise: Carolina de Jesus. O objetivo desta pesquisa é analisar a representação da mulher negra na obra “Quarto de Despejo” (1960), de Carolina de Jesus, por meio de sua escrita, o cotidiano de uma mulher que vive na favela. A obra “Quarto de Despejo” é um diário escrito por Carolina de Jesus, uma mulher negra, pobre e moradora de favela em São Paulo. O diário é um relato honesto e cru da vida de Carolina e de outras mulheres que vivem na mesma situação. Carolina escreve sobre a pobreza, a violência, o racismo e a discriminação que enfrenta diariamente. Ela também escreve sobre sua esperança e sua determinação de sobreviver e construir uma vida melhor para seus filhos. Esta produção ainda é um documento histórico importante que revela a vida das mulheres negras pobres e moradoras de favela no Brasil. A obra também é um importante marco na literatura brasileira, pois é uma das primeiras vezes que uma mulher negra escreve sobre sua experiência de vida de uma forma tão honesta e direta. A presente pesquisa busca contribuir para o debate sobre a representação da mulher negra na literatura brasileira. Acredita-se que a obra “Quarto de Despejo” é uma obra importante que merece ser lida e discutida nos mais diversos espaços, levando em consideração suas primeiras reflexões dentro da academia. Na análise, pretendo observar a representação da mulher negra, seu local de “fala” e o contexto no qual a autora está inserida. Também buscarei traços autobiográficos presentes na obra e entender até que ponto os deslizamentos ocorridos na construção da obra a tornam, de fato, um texto autobiográfico. Ou seja, qual o limite entre memória e ficção na presente obra? O ponto de partida da investigação é a biografia da autora que nos permitirá entender tudo que foi vivenciado pela mesma, e contrapor os dados obtidos com aquilo que se encontra presente no texto, possibilitando a comparação entre a vida da autora e a sua obra produzida, analisando a obra como uma narrativa de uma mulher negra que, na hipótese, terá bastantes traços biográficos, do lugar, da invisibilidade da mulher negra da periferia, mas percebendo também que poderá ter projeções, e construções por parte da autora, dialogando então com o objetivo da mesma ao escrever a obra literária. Pretendo em seguida analisar e descrever a mulher negra na literatura brasileira, tendo Maria Carolina de Jesus como referencia.



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3064411 - DENISE FERREIRA DA COSTA CRUZ
Interno - 2351722 - JACQUELINE DA SILVA COSTA
Externo à Instituição - JAQUELINE DE OLIVEIRA E SILVA - UFMG
Notícia cadastrada em: 13/12/2023 20:56
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