"SEM IGUALDADE DE GÊNERO NÃO HÁ DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL": ECOPEDAGOGIA, ECOFEMINISMO E A ARTE COMO CAMINHO PARA A MUDANÇA
Desenvolvimento sustentável. Ecofeminismos. Igualdade de gênero.Tecnologia social.
Esta dissertação dialoga sobre igualdade de gênero, empoderamento feminino e desenvolvimento sustentável através da aplicação de uma tecnologia social realizada com mulheres em situação de vulnerabilidade social num distrito rural do interior do Estado do Ceará. Nesta pesquisa consideramos como mote a afirmação dada pela Organização das Nações Unidas (ONU) que traz a igualdade de gênero como condição sine qua non para o desenvolvimento sustentável através do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 5 (ODS 5). Consideramos também que, a lógica de dominação das mulheres e da natureza possui como raiz os mesmos sistemas de dominação: estruturas conceituais e sociais opressoras, colonialistas. Portanto, para subverter tais sistemas é necessário questioná-los. Baseados nisso, utilizamos subsídio teórico decolonial bem como a filosofia ecofeminista para fundamentar a discussão e dialogar as bases dessa opressão. A formação intelectual baseada numa educação crítica e libertadora é peça fundamental para diminuição abissal das desigualdades de gênero, raça e classe assim como para o rompimento dos sistemas de opressão que levam a tais desigualdades. Assim como tem igual relevância a independência financeira, empoderamento feminino e emancipação política para o alcance da igualdade de gênero e portanto, o desenvolvimento sustentável. O objetivo da pesquisa consiste em fomentar todas essas questões mediante a aplicação de uma tecnologia social. Contudo, apenas o reconhecimento desses diferentes sistemas de exploração não é suficiente para alcançar a igualdade de gênero e assim, o desenvolvimento sustentável, mas reconhecer a interconexão que existe entre tais sistemas e a exploração que advém deles torna possível combatê-los.