Uso de macrófita como alternativa de adubação orgânica na cultura da alface.
Palavras-chave: Produção Orgânica, Sustentabilidade, Plantas Aquáticas.
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Resumo:
O uso de resíduos de macrófitas de forma sustentável na adubação dos cultivos agrícolas pode ser uma opção viável na substituição parcial ou total de adubos orgânicos com efeitos reconhecidos na produção. Nessa perspectiva, buscou-se com o presente trabalho, avaliar os efeitos da aplicação de macrófita Salvinia sp via solo como adubação orgânica, nos aspectos biométricos e fisiológicos de plantas de alface, buscando-se estabelecer seu uso como uma tecnologia viável e sustentável, dentro principalmente da agricultura de base agroecológica. Para isto, foi realizado um experimento na Fazenda Experimental Piroás, pertencente à Universidade da Integração Interacional da Lusofonia Afro-Brasileira, localizada em Redenção, Ceará. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados, em uma área medindo 10,0 m x 22,0 m, com 4 blocos, cada bloco subdividido em 6 canteiros independentes contendo as doses do adubo (D0: 0; D1:4 kg m-2 de macrófita, D2: 8 kg m-2 de macrófita; D3:12 kg m-2 de macrófita; D4:16 kg m-2 de macrófita) + testemunha adicional (14 kg m-2 de esterco bovino), totalizando 24 subáreas experimentais. As variáveis biométricas avaliadas foram: número de folhas (NF), altura (A), diâmetro do caule (DC), diâmetro da copa (DP), massa fresca (MF) e massa seca (MS). As variáveis fisiológicas foram: condutância estomática (gs), taxa de transpiração (E), fotossíntese (A) e índice relativo de clorofila (IRC). Os resultados demostraram que as doses de macrófita D2 (8 kg m-2) e D4 (16 kg m-2) produziram os mesmos efeitos alcançados pela testemunha adicional (Esterco bovino). Diante do exposto, conclui-se que a macrófita aquática Salvinia sp, se mostrou bastante promissora para ser utilizada como alternativa de adubação orgânica na cultura da alface, em comparação ao esterco bovino. |