SER MULHER NEGRA ESTUDANTE NA UNILAB/CE: TRAJETÓRIAS E AFROAFETOS
Mulheres Negras; universidade; Trajetórias; Afroafeto; Interseccionalidade
O Brasil é um país da diáspora africana e a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB é fruto dessa diáspora, criada em 2010, tem como missão a cooperação internacional com os países da CPLP, especificamente os PALOP e Timor-Leste, se concentra em dois estados brasileiros, em três municípios do interior (Acarape, Redenção e São Francisco do Conde). Logo, esta pesquisa analisa o que é ser mulher negra estudante na Unilab/CE, especificamente, suas trajetórias e as redes de afroafeto, considerando tanto discentes nacionais quanto internacionais, nos cursos de graduação e pós-graduação do Instituto de Humanidades. Por isso, tem como principal fundamentação teórica Marta Quintiliano (2019), precursora do conceito afroafeto, bell hooks (2021), Patrícia Hill Collins e Sirma Bilge (2021), entre outras. Logo, o trabalho tem como método de abordagem qualitativo, com o uso do tipo da pesquisa narrativa, com a técnicas de observação etnográfica, entrevistas e como categoria analítica e teórica, destacam-se a interseccionalidade e a intraseccionalidade, fundamentais para compreender a diversidade das experiências. Então, dos resultados esperados buscam evidenciar como o afroafeto se configura como prática política, de resistência e de pertencimento no espaço acadêmico, revelando sua importância para as trajetórias de mulheres negras na Unilab. Assim, este trabalho busca contribuir em estudos sobre as trajetórias e o afroafeto de mulheres negras universitárias somado ao reconhecimento e ao empoderamento, a partir de uma perspectiva decolonial e afrodiaspórica.