COLETIVOS DE MULHERES E GRAFFITI TÊXTIL: ESTRATÉGIAS DE COMBATE À DESVALORIZAÇÃO DA ARTE TÊXTIL E SUBALTERNIZAÇÃO DA MULHER
coletivos de mulheres, arte têxtil, graffiti têxtil, campo artístico.
A arte têxtil exposta em muros, fachadas de prédios, praças, ou nos mais diversos espaços urbanos públicos ou privados, tem exercido um impacto na percepção das pessoas. A arte têxtil foi por bastante tempo relegada à utilidade do lar. Graffiti Têxtil é um dos termos utilizados para designar uma nova proposta que intenta não somente dar um novo significado enquanto técnica de produção e exposição das artes têxteis, mas também, discutir seu posicionamento hierárquico dentro do campo artístico, trazendo debates sobre questões sociais, inclusive, questões relacionadas ao universo feminino. Costurando aproximações com estudos da historiografia da arte, arte contemporânea, sociologia e estudos de gênero procuramos propor reflexões sobre alguns mecanismos empregados no âmbito artístico que resultaram numa subvalorização da arte têxtil, dentro de um contexto histórico/social da subalternização da mulher nesse mesmo espaço. Partindo de um estudo de caso com o Coletivo Linhas (São Luís – MA), essa pesquisa busca debater acerca da hierarquia artística, ou seja, a classificação criada de acordo com um certo prestígio e valor cultural que determina uma maior ou menor valorização das expressões artísticas no campo da arte. Assim, analisaremos novas tendências de produção têxtil contemporânea, feitas por coletivos de mulheres - em especial o graffiti têxtil -, como forma de ressignificação desta arte e como estratégia de combate a sua desvalorização no campo artístico.