INFLUÊNCIA DA VARIABILIDADE DA QUALIDADE DA ÁGUA BRUTA NO
CUSTO DE TRATAMENTO DE ÁGUA NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DA
REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA, CEARÁ
Palavras-chaves: Reservatórios. Semiárido. Turbidez. Qualidade da Água. Custo do Tratamento de Água.
O Ceará sofre com a escassez hídrica e para a garantia de água para consumo humano foram construídos diversos
reservatórios no estado desde a época da monarquia. O sistema de abastecimento que garante água para Fortaleza é
composto por reservatórios situados nas bacias Metropolitana (Aracoiaba, Pacajus, Pacoti/Riachão e Gavião) do
Jaguaribe (Orós e Castanhão) e Banabuiú (Banabuiú). Para tanto, foi construído toda uma infraestrutura para
transposição dessas águas até a ETA Gavião que realiza o tratamento e posterior distribuição para aproximadamente
3,2 milhões de pessoas, com capacidade de tratar até 10m3/s. Na última década houve uma variação brusca na
qualidade da água que chega a ETA Gavião que pode ter ocorrido devido ao baixo aporte hídrico nos reservatórios,
aumentando assim a concentração de microrganismos, como também ações antrópicas nas bacias. Tais variações na
qualidade são diretamente proporcionais aos custos com tratamento da água, afetando assim o custo final da água
tratada que é repassado para o consumidor final. Segundo dados da Companhia de Água e Esgoto do Ceará –
CAGECE, o gasto em reais com o produto químico, na última década, aumentou em 65%, já o aumento da
utilização de produto químico foi de 16% e o custo final da água tratada onde estão inclusos o custo com água bruta,
pessoal, energia e manutenção teve um incremento de 86,3% e valores de turbidez teve uma variação de 20%. Ações
antrópicas contribuem para a piora na qualidade da água e no consequente aumento no uso de produtos químicos,
agregando valor a água.