SÍNTESE DE BIODIESEL DE BABAÇU E TUCUMÃ CATALISADO POR ENZIMAS
LECITASE E EVERSA
Biodiesel, Lecitase Ultra, Eversa
O consumo excessivo de combustíveis fósseis é um dos maiores responsáveis pela emissão dos gases de
efeito estufa (GEE), como por exemplo, o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso
(N2O), que são os maiores responsáveis pelas alterações climáticas de nosso planeta. Com a finalidade de
reduzir essa dependência energética dos combustíveis fósseis, diversas pesquisas têm sido realizadas nas
últimas décadas relacionadas a produção de biocombustíveis, a partir de óleos vegetais. O Brasil, por
natureza, possui uma grande diversidade de oleaginosas que se distribuem pelos seus 6 biomas
(Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa), com composição química e grau de
saturação variados. Essa riqueza natural tem motivado os pesquisadores a desenvolverem
biocombustíveis a partir das mais variadas ofertas regionais. Os principais óleos testados foram os
derivados de macaúba, pinhão-manso, indaiá, buriti, pequi, mamona, soja, babaçu, cotieira, tingui e
pupunha. Neste trabalho, foi produzido biodiesel a partir da esterificação enzimática dos óleos vegetais de
duas palmeiras abundantes nos biomas Caatinga, Cerrado e Amazônia brasileiros: o babaçu e a tucumã,
que têm como predominância em suas composições o ácido láurico. Os óleos de babaçu e de tucumã
foram hidrolisados por rota química e seus ácidos graxos livres foram esterificados com etanol e etanol,
via rota enzimática, na proporção molar de 1:1, temperatura de reação de 37 oC, agitação de 150 rpm e
tempos reacionais variando de 2 a 8 hora. Os catalisadores utilizados foram as enzimas Lecitase® Ultra e
Eversa® Transform 2.0, nas formas livres e suportadas em nanopartículas magnéticas de ferro (Fe 3O4) em
quantidade equivalente a 80 UpNPBg-1. O estudo fez uma combinação destas sínteses com cada
catalisador e comparou os resultados de rendimentos obtidos. Foi observado que, de maneira geral, os
rendimentos foram bons, variando de 87% a 99,58%. Um outro estudo desenvolvido foi a comprovação
da manutenção das atividades dos biocatalisadores através de três ciclos realizados.