PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS A PARTIR DE ÓLEOS VEGETAIS RICOS EM ÁCIDO LÁURICO: TECNOLOGIA ENZIMÁTICA
Palavras-chaves: Lecitase Ultra, bioquerosene, ácido láurico
O consumo excessivo de combustíveis fósseis tem sido um dos maiores responsáveis pela emissão dos gases de efeito estufa (GEE), como por exemplo, o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O). O setor de aviação contribui com 2% do total de emissões antrópicas de CO2, e as previsões, antes da pandemia, estimavam que o tráfego aéreo dobraria nos próximos 20 anos, aumentando também as necessidades de combustível e as emissões de CO2. Para The International Air A Transport Association (IATA) o desenvolvimento de combustível renovável para aviação, conhecido como combustível biojet, é a estratégia mais promissora para reduzir o impacto ambiental do setor da aviação. Diversas pesquisas têm sido realizadas nas últimas décadas relacionadas a produção de biocombustíveis alternativos ao diesel e ao querosene de aviação, a partir de óleos vegetais. No Brasil, tem sido estudados vários óleos vegetais, que possuem composição química e grau de saturação variados. Os principais óleos testados foram os derivados de macaúba, pinhão-manso, indaiá, buriti, pequi, mamona, soja, babaçu, cotieira, tingui e pupunha. Neste trabalho, será realizada a destilação dos óleos vegetais de babaçu e de tucumã hidrolisados e estudado o desenvolvimento de biocombustível a partir das frações leves e pesadas obtidas de cada óleo e utilizando como biocatalisadores a enzima Lecitase® Ultra, que é uma enzima quimérica que faz uma combinação da estabilidade da lipase de Thermomyces lanuginose com a atividade da fosfolipase A1 de Fusarium oxysporum, capaz de hidrolisar totalmente os fosfatídeos para lisofosfatídeos. Esta enzima será suportada em nanopartículas magnéticas (NPM) de ferro (Fe3O4), que viabilizará a separação e o reuso do biocatalisador. Os produtos obtidos serão caracterizados e comparados entre si.