“Educação escolar indígena Truká”: refletindo sobre os processos de luta, resistência e as relações de poder das indígenas mulheres e professoras no contexto da educação Truká.
Educação escolar indígena; indígenas, mulheres e professoras; silenciamentos e resistências.
A educação adentra os territórios indígenas por homens, héteros e de superioridade branca no processo de colonização, com o objetivo de civilizar e integrar esses povos à sociedade da colonial. Durante séculos esse foi o discurso que tinha como intencionalidade da usurpação territorial. Por meio do discurso educacional e da catequização destes e destas, esses corpos e territórios vão sendo violentados e invisibilizados. Com o passar dos anos e com os processos de resistência, as pessoas indígenas vão retomando seus territórios e ressignificando principalmente a educação que durante anos serviu como pano de fundo do projeto colonial. Nesse processo de retomada educacional, as mulheres indígenas assumem o protagonismo e começam a atuar de forma direta nas lutas de seus povos, usando este processo como instrumento de empoderamento e estratégias de resistências que vai dessa maneira visibilizar seus corpos. Nesse sentido este trabalho de pesquisa consiste em analisar como os processos de educação escolar indígena, com recorte a comunidade Truká, estão sendo tecidos dentro do povo como espaços de estratégias usados pelas indígenas mulheres e professoras para resistirem e existirem dentro de um contexto patriarcal e machista que invisibilizaram e invisibiliza seus corpos. Para o desenvolvimento desse trabalho irei optar pela metodologia de pesquisa etnográfica, que objetiva o estudo dos sujeitos em seu ambiente, e como instrumentos desse método as entrevistas semiestruturadas, roda de conversas formais e informais, da observação participante e de aportes teóricos instrumentos fundamentais para alicerçar a escrita dessa pesquisa.