“Grita quem apanha: uma (auto)etnografia de narrativas sobre mídias negras brasileiras”
mídia negra; resistência; ativismo; racismo; jornalismo
Esta pesquisa nasce de um esforço para refletir sobre a atuação de mídias negras brasileiras a partir do relato de integrantes dessas plataformas. Para isso, 12 pessoas negras, sendo seis homens e seis mulheres, atuantes em 12 meios de comunicação distintos foram entrevistados. Os interlocutores representam seis estados distintos, assim como diferenciam-se em termos geracionais e dialogam com a experiência do pesquisador enquanto homem negro pertencente a uma mídia negra antirracista. São convidados à construção teórica das discussões apenas intelectuais negros(as). Assim, este é um trabalho afroreferenciado e autoetnográfico, com características decoloniais e cujo objetivo é compreender por que essas mídias existem, como atuam e em qual perspectiva as trajetórias e estratégias delas encontram-se apesar de, em alguns cenários, estarem separadas por quase meio século.