" Das Ruas ao Ciberespaço: ativismo e ciberativismo de mulheres negras na era virtual"
Mulheres Negras; Ciberativismo; Feminismo Negro.
A partir da constituição de 1988 e do processo de redemocratização do país em meados dos anos de 1980-1990, o Brasil se encontrava em um período sócio-histórico-político e econômico que possibilitou o surgimento de diversas ONGS e movimentos sociais – inclusive o de mulheres negras –. Para além disso, o Ciberespaço, a partir da segunda metade dos anos noventa propiciou para as ONGs e os Movimentos Sociais um espaço onde narrativas contra hegemônicas advindas desses grupos ganhassem mais força, atingissem outras pessoas e chegassem em outros contextos a partir de processos técnico-comunicacionais que facilitavam a interação e a mobilização política desses movimentos. Isto posto, esta dissertação busca compreender, a partir da Rede de Ciberativistas Negras-CE, como o ciberativismo de mulheres negras contribui e/ou pode contribuir com as mobilizações políticas do movimento negro, de forma geral, e do feminismo negro, de forma específica. Para isso, optou pela metodologia de pesquisa de cunho qualitativo de base antropológica, onde utiliza-se a etnografia multilocal ou multissituada de George Marcus (2001) e a etnografia em ambientes online ou netnografia de Robert V, Kozinets (2014).