“Mandjuandades em Guiné-Bissau: uma etnografia sobre gênero e poder”
Etnografia. Mandjuandade. Poder. Gênero. Guiné-Bissau
Tendo como parâmetro os estudos e reflexões voltadas para as perspectivas decoloniais
e descolonizadoras sobre poder e gênero, a partir de uma perspectiva assumidamente
africana, entende-se neste trabalho que há outras e variadas maneiras de pertencer e se
identificar ao gênero feminino. Por isso, o termo Mandjuandade procura situar e
problematizar essa identificação a partir das relações sócio-político-ideológicas
inseridas em redes que lhes conferem poder em Guiné-Bissau. A etnografia foi
escolhida como método de inserção e compreensão do campo de investigação o que nos
permite observar aspectos referentes a dois grupos específicos: a Mandjuandade
Amizade de Babock e a cooperativa Bontche. A partir destes modos de organização
social femininos, analisaremos as suas narrativas, representações identitárias relativas
ao modo como percebem o poder, elementos que os constituem, assim como, suas
atividades e rotinas diárias.